Gabriel Oliveira da Silva
deu nota 10 para o produto. Em sua opinião, vale a compra
Opinião
Gabriel Oliveira da Silva
deu nota 10 para o produto. Em sua opinião, vale a compra
O Nome do Vento é o início de uma trilogia do escritor Patrick Rothfuss. É a porta de entrada para esse mundo novo que conta com alguns elementos de fantasia extremamente interessantes misturados com uma realidade autêntica.
A história acompanha Kote, enquanto ele se despe de sua fachada como um taverneiro cansado para contar de sua juventude, as escolhas e motivos que o afastaram da lenda acerca da pessoa que era (e seu nome antigo Kvothe) até esse ponto de decadência interna. A história do livro é bem mais focada na vida que Kote deixou para trás, mas há eventuais trechos que conduzem o seguimento "atual" do narrador e das pessoas a sua volta.
O livro é essencialmente dividido em três trechos: a infância do protagonista numa trupe de artistas nômades, sua juventude precária como pedinte e o início da adolescência, período que passou na Universidade. Cada estágio da vida traz elementos diferentes e instiga emoções distintas. A infância é cheia de nostalgia e exploração inocente. A juventude é árdua e impiedosa, mas com momentos chaves de compaixão, esperança e sagacidade. O período inicial na Universidade traz a descoberta de algo totalmente novo, mas também constantes situações que testam tudo o que o protagonista aprendeu ao longo de sua vida.
O autor cria um tipo especial de magia no livro, a Simpatia que funciona com base em regras e estruturas bem definidas (tratada como uma ciência no universo do livro). A apresentação é gradual e não esmaga o leitor com regras, mas o faz entendê-las e com isso vibrar ainda mais nos momentos que o protagonista se sobressae pelo uso dela. É uma verdadeira aula de um sistema "hard magic".
Ao longo do livro você vai se divertir com os acontecimentos, ficar totalmente confuso com a relação romântica (ou talvez platônica) do protagonista, ficar curioso com as várias culturas e histórias apresentadas e se preocupar constantemente com a situação financeira de Kote, capaz de gerar as mais desastrosas situações. Momentos mais poéticos ganham destaque quando Kote se lembra de sua infância e juventude, em especial sua conexão com a música; é comovente ler as emoções e a descrição de quando ele toca seu alaúde.
GOSTEI:A mistura de emoções, a construção do mundo e da Simpatia, a preocupação que temos com as necessidades mais básicas do protagonista
GOSTARIA:Que o terceiro livro já tivesse sido lançado, que eu soubesse pronunciar Kvothe
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Apenas tentando ser uma parte integrante da sociedade... Quem sabe um dia eu consigo.