A economia colaborativa e o que esperar do futuro.

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A economia colaborativa e o que esperar do futuro.

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A economia colaborativa e o que esperar do futuro.


Com a premissa de sempre trazer conteúdo que retrate essa nova realidade de mercado em que estamos inseridos, a Harpyja tem se dedicado a lapidar algumas questões importantes do cenário atual.


Você sabe o que é economia colaborativa?


Apenas como delimitação do termo, o consumo colaborativo é a interação entre consumidores que vendem, trocam, emprestam ou reusam produtos/serviços.


Segundo Clay Shirky, um dos principais autores da temática, todo tempo que temos livre na internet pode ser revertido para produção de potencial cognitivo, que para o autor é o desprendimento dos nossos esforços individuais minúsculos e desconexos para uma realidade midiática de compartilhamento.


Você já deve ter percebido em seu entorno, algumas das mudanças significativas da maneira que estamos consumindo. Grandes plataformas de consumo colaborativo vem ganhando espaço no mercado.


No quesito hospedagem, o Airbnb e o Be Local Exchange revolucionaram a maneira com que lidamos com nossas viagens. As plataformas permitem uma relação mais próxima com a localidade, a oportunidade de vivenciar cidades como habitante local e a pessoalidade que só a conexão entre anfitriões e hóspedes pode oferecer.


A verdade é que o comportamento dos consumidores mudou muito nos últimos anos, e a exigência por produtos ou serviços de qualidade é só uma das características que definem o comportamento do novo consumidor.


Atualmente vivemos a consolidação da Sociedade da Informação,  termo que surgiu no século XX, e fundamenta um novo modelo de organização dos povos, onde com o avanço da tecnologia e a globalização, mudou-se a forma de produção e edição das informações.


Sociedade da Informação


A Sociedade da Informação quebra dois importantes paradigmas da contemporaneidade: o espaço (lugar) e o tempo (periodicidade, sazonalidade, hora e presença), ou seja, o modo que produzimos, compramos e nos relacionamos com as coisas, são baseados de alguma forma na tecnologia e na informação.


Com o fortalecimento do capitalismo, o mundo se viu diante de uma transformação direcionada principalmente ao desenvolvimento de tecnologias voltadas a comunicação, o que proporcionou a sociedade, meios muito fáceis e rápidos para se comunicar.


Hoje a informação é um produto de valor no mercado,  e está inserida em várias dimensões do nosso cotidiano. A Sociedade da Informação influencia no mundo a forma como a informação é distribuída, ampliando o conhecimento e proporcionando aos consumidores maior autonomia para o seu envolvimento com as compras.


Aceitação dos consumidores


No coração da economia colaborativa estão empresas e projetos que surgiram a partir de variações do compartilhamento pessoa-para-pessoa (peer-to- peer).


De acordo com pesquisa do Serviço de Proteção ao Consumidor (SPC) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), no Brasil, 79% dos consumidores acreditam na economia compartilhada.


Essa nova estrutura de mercado só demonstra crescimento.


"De maneira simples, as pessoas estão compartilhando novamente com a sua comunidade - seja ela um escritório, um bairro, um edifício de apartamentos, uma escola ou uma rede no Facebook. Mas o compartilhamento e a colaboração estão acontecendo de maneiras, e em uma escala, que nunca tinha sido possível anteriormente, criando uma cultura e economia em que o que é meu é seu." Fonte: O que e? meu e? seu: como o consumo colaborativo vai mudar o nosso mundo. BOTSMAN E ROGERS, 2011, pg.14)


A economia colaborativa é um movimento que concretiza uma nova percepção de mundo. As economias mundiais estão cada vez mais globalizadas, e com isso as fronteiras tendem a ser eliminadas. Com o progresso e a inovação surge a necessidade das pessoas em compartilhar suas ideias, tornando-se uma experiência.


É um novo momento no cenário econômico mundial, onde a criação de plataformas com o auxílio da tecnologia, fazem com que aplicativos que operam nessa inserção colaborativa, seja capaz de criar grandes mudanças na sociedade e gerar enormes investimentos.


Os princípios da economia colaborativa influenciam toda uma cadeia, não apenas de produção, mas de investimentos. É um novo modelo de negócio, mais responsável e consciente.


A economia colaborativa em números


A PwC estima que apenas cinco setores da economia compartilhada poderiam gerar uma enorme receita de US $ 335 bilhões até 2025. A revista Time classificou a economia de compartilhamento entre as “10 ideias que vão mudar o mundo’’.


Na América Latina, o Brasil já é líder no mercado de economia colaborativa. Um estudo realizado pela escola de negócios IE Business School, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Ministério da Economia e Competitividade espanhol, mostrou que, entre as empresas colaborativas, 32% delas foram fundadas no Brasil.


Desde a crise econômica de 2008, muito se discutiu sobre qual seria o futuro do consumo. Os mais apocalípticos disseram que era o fim do consumismo, e outras hipóteses tramitaram entre o investimento maciço em publicidade para o estímulo de compras.


Acontece que o modo como as pessoas enxergam e valorizam a aquisição de produtos e serviços mudou. Consequentemente a oferta de produtos e serviços está mais perto da informalidade do que era antes da crise econômica.


Exemplos promissores


A plataforma Beliive idealizada pela baiana Lorrana Scarpioni tem dado o que falar em todo o mundo. Trata-se de uma rede colaborativa que permite que os usuários troquem tempo por serviços.


Na Beliive, você pode usar seu tempo para compartilhar talentos, obter ajuda, aprender novas habilidades e se conectar com pessoas.


Ao navegar pela plataforma você troca seus serviços por moedas, as chamadas TimeMoneys. Por exemplo, se você possui conhecimentos da língua inglesa, pode trocar 1 hora de aula de inglês por 1 moeda que vale por 1 hora de aula de culinária, yoga, violão, leitura de tarô, conserto de ar-condicionado ou qualquer outro serviço.


São várias categorias disponíveis, com diversas opções de compartilhamento. Ao fazer o cadastro na plataforma, você ganha 5 moedas para começar a realizar as trocas e pode adquirir mais conforme oferece algum serviço.


categorias de busca

Fonte: Institucional da marca


O Tem Açúcar? é uma plataforma que transpira compartilhamento em sua forma mais pura. O nome é auto explicativo - sabe quando a gente bate na porta do vizinho perguntando se ele tem açúcar, para terminar a receita de bolo?

Essa é a ideia. Uma rede de compartilhamento em que os vizinhos possam se auxiliar, quando está faltando alguma coisa.

Como funciona

Fonte: Institucional da marca


Genial, não é mesmo? A plataforma estimula um comportamento sustentável ao permitir uma conexão entre pessoas que não se conhecem, mas podem se ajudar.

Um forma cíclica e limpa de fazer uso daqueles produtos que às vezes se fazem necessários em nossas vidas, mas que não demandam uma aquisição.

Será que o futuro será compartilhado?

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Sobre o autor

Frederico Paranhos é formado em gastronomia e publicidade e propaganda, atuou por 5 anos como chef de cozinha e consultor gastronômico. Hoje é redator e desenvolve conteúdo para a internet. Apaixonado pelo movimento slow food que empodera o produtor e enaltece os ingredientes, acredita que pode mudar o mundo pela gastronomia.

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