Avaliação da Batedeira Philco Paris

Sem dúvida esta é a batedeira simples mais alta que já testamos. Essa altura é transferida para os batedores que chegam a ter quase 4 centímetros a mais que os típicos batedores das batedeiras no mercado. Para aqueles que gostam de lidar com diversas tigelas e bater em modo portátil, esta batedeira pode ser que agrade.

Há muitas versões da Philco Paris e em várias cores (branca, preta, vermelha, prata, rosa, lilás, e um verde azulado ou azul esverdeado, como queira). Há uma versão com tigela em SAN (a Philco Paris Cristal), uma versão com tigela em inox (a Philco Paris Inox) e uma versão com vários acessórios (a Philco Maxx). A estrutura básica é a mesma para todas. A versão que testamos é a Philco Paris básica, que vem com duas tigelas de plástico (polipropileno). 

As duas tigelas que acompanham a batedeira são grandes. A menor tem 3,1 litros e a maior chega a ter 4,7 litros até a boca! É bem grande para uma batedeira simples. A espessura da tigela é um pouco fina pelo volume que ela comporta. Caso prepare receitas grandes e densas, a tigela pode parecer meio mole.

Para levantar a cabeça basta apertar o botão na lateral da batedeira, como uma batedeira planetária. A cabeça fica travada quando erguida. O que desapontou é o quanto ela levanta. Mesmo na tigela pequena os batedores ficam quase inteiros dentro da batedeira. A foto abaixo mostra os batedores erguidos com a tigela grande.

Esta batedeira possui um suporte para sustentar a cabeça. É uma peça meio estranha. Para travar o motor nela é preciso encaixar um "gancho" que fica na parte de baixo da cabeça. Depois do gancho encaixar tem que forçar a cabeça para baixo para "travar". Não é um movimento suave. Além disso, as peças aparentam ser frágeis. Às vezes parece que vai quebrar a batedeira quando prendendo e desprendendo a cabeça.

A peça que mantém os batedores erguidos também deixa a desejar. Ela é inteira plástica e demonstra fragilidade.

A base possui dois pés de borracha. O resto dos apoios é feito pela base plástica. Há bastante vibração quando usando a batedeira e há situações em que ela anda. Se tivesse mais dois pezinhos de borracha isso provavelmente seria resolvido.

Performance

A Philco Paris possui um seletor com 4 posições mais o "turbo" que seria basicamente um pulsar. Apesar das 4 posições a batedeira tem somente 3 velocidades, e por pouco consideramos somente duas velocidades. A velocidade um e dois são quase iguais e a três e quatro são tão próximas que consideramos a mesma velocidade. Apesar disso, há uma boa diferença entre a velocidade mínima e a máxima. Com isso essa batedeira não levanta muita farinha quando batendo ingredientes em pó.

Apesar de atingir velocidades altas e ter batedores longos, esta batedeira sofre para bater ingredientes quando acoplada na base. Os batedores praticamente ficam no meio da tigela e com isso só bate os ingredientes ao seu redor. Mesmo rotacionando a tigela é impossível chegar nos ingredientes próximos da parede. Seja suspiro ou bolo, sem uma espátula o trabalho não será concluído direito.

Em contraponto como ela não movimenta muito os ingredientes, ela não demanda muita potência. Mesmo batendo ingredientes densos não passou de 150W.

Quando trabalhando no modo portátil ela se sai bem, pois tem velocidades altas, batedores longos, e nenhum objeto na base da cabeça que possa bater no topo da tigela. A alça é ergonômica, o que também ajuda. Mesmo assim, os batedores poderiam estar mais balanceados. O conjunto vibra bastante quando segurando na mão. Esse desbalanceamento deve ser um dos fatores que o produto às vezes anda quando montado na base.

Limpeza

A velocidade mínima é boa o bastante para evitar de espalhar muita farinha para fora. Por outro lado, há frestas grandes na cabeça (aberturas para o motor resfriar mais facilmente). Essas frestas podem acumular farinha no motor e ali não tem como limpar sem desmontar.

Há vários encaixes nesta batedeira que também dificultam a limpeza da área externa. As tigelas não tem cantos vivos e são simples de limpar. Os batedores não tem nada de especial. São de aço cromado e se deixados muito tempo de molho na água acabam mostrando sinais de ferrugem nas juntas.

Segurança

O cabo de alimentação é longo (1,05 metros), ótimo para evitar o uso de extensão. O cabo sai pelo topo, próximo da alça. Para a maioria das pessoas o cabo não ficará no caminho, mas para alguns pode ser que esprema o cabo enquanto segurando a batedeira. Infelizmente a Philco não colocou um alívio no cabo e com isso é mais fácil estragar o cabo nessa área.

A estabilidade deixou a desejar pois o conjunto às vezes anda. O fato de ter que segurar o produto com as duas mãos para rotacionar a tigela também não agrada.

Por último a necessidade de sempre ter que usar uma espátula para trazer os ingredientes para os batedores também não favorece sua segurança.

Conclusão

Para aqueles que buscam uma batedeira para trabalhar montada, a Philco Paris vai deixar a desejar. Falta performance, segurança e robustez. Agora se seu hábito é trabalhar com ela em modo portátil, aí pode ser que agrade. Tem batedores longos, tigelas grandes e uma alça boa. O produto tem potência de sobra para o que normalmente irá bater.