Desempenho e Funções
Conforto Sonoro
Design e Acabamento
Praticidade
Limpeza
Segurança
Outros Pontos
Pontos fortes
Pontos fracos
De todos os liquidificadores que já testamos, o Osterizer é o que tem mais história. Por sinal, seu desenho atual é muito similar ao modelo original criado em 1946! A marca ainda disponibiliza uma versão com o seletor de velocidade em forma de alavanca semelhante ao primeiro modelo do produto, com somente uma velocidade e a opção de pulsar.
A base do Osterizer segue o mesmo padrão dos outros modelos da Oster com jarras de vidro, tornando suas peças intercambiáveis. Por sinal, existem acessórios diferentes para comprar desses produtos, podendo muitas vezes completar as funcionalidades do liquidificador.
No momento no site da Oster há uma mini jarra de Tritan que pode ser colocada no lugar da jarra de vidro (Blend n’ go), uma jarra de processador, jarra de inox e também uma lâmina diferente para aerar alimentos (fazer milk shake, por exemplo).
O Osterizer é um produto global e tem algumas versões, porém a única disponível no Brasil até o momento é a com o seletor de 3 velocidades. No passado já havíamos testado o produto, porém a versão testada saiu de linha recentemente , e agora foi lançado o New Oster Classic, com algumas mudanças. A intenção é trazermos aqui a avaliação comparando também com a versão anterior.
Modelo Novo
O design em geral continua com pouquíssimas mudanças em relação ao modelo anterior e ainda é bem semelhante até mesmo ao modelo de 1946.
Modelo Novo e seu Anterior respectivamente.
As diferenças mais aparentes estão na interface, sendo o seletor um pouco maior, mas com acabamento inferior, pintado (até meio borrado) e sem o metal escovado no centro; e a plaquinha de metal com a marca e as indicações de velocidade ficou com um desenho um pouco mais limpo.
O corpo continua sendo feito em alumínio pintado com as laterais onduladas, com um bom acabamento. Tanto a base quanto o topo do corpo são feitos de plástico com um acabamento cromado. São peças bem feitas, somente pegando dá para dizer que são de plástico.
Nesta nova versão somente a cor azul ficou de fora, sendo possível escolher entre vermelho, cobre, prata (chrome), preto, em aço escovado e em sua versão comemorativa.
A jarra é feita de vidro borosilicato, resistente e de bom acabamento. O vidro em si não mudou da versão anterior. É uma jarra pequena, com 1,25 litros até encostar o líquido na tampa.
Por sinal, a tampa é de um material bom, mas deixa a desejar em alguns aspectos. Ela fecha quando batendo líquidos, mas se bater gelo ela abre; também se for servir, vale segurar a tampa para evitar dela cair. A versão anterior também tinha esses problemas, mas assim mesmo, a versão nova teve uma leve queda de qualidade de material.
A tampa dosadora mudou o desenho e também a espessura, ficando mais fina, com somente 1mm ao invés dos 2mm da versão passada. A vantagem aqui é que não houve vazamento de grãos quando batendo alimentos secos duros, o que acabava acontecendo na tampa anterior.
A base da jarra foi a parte que sofreu a maior mudança, provavelmente devido a reclamações relacionadas a segurança: a lâmina podia ser colocada no eixo e ligada sem a jarra, e nessas condições era realmente uma situação perigosa. Para isso a Oster fez uma adaptação no encaixe, onde uma mola posicionada na parte de baixo da base não deixa a lâmina encaixar no eixo do motor.
Somente depois de rosquear a base que a lâmina chega no nível de contato com o acoplamento do corpo. Por alguma razão esta mudança está disponível somente para versão vendida no Brasil. Nos outros países o acoplamento é como era nas outras versões, onde todas as peças são desmontáveis. Neste modelo não é possível separar a lâmina da rosca plástica que acopla no copo.
O Oster New Osterizer Classic teve mudança na sua potência declarada saindo dos 600W para 700W porém isso não trouxe mudança significativa quanto a performance. Apesar da velocidade ter sido reduzida neste novo modelo (cerca de 5%), quando batendo alimentos secos o desempenho foi praticamente o mesmo, conseguindo moer muito bem os grãos e transformar grande parte em farinha.
Quando preparando frutas, o produto também teve um desempenho acima da média. Batendo um limão inteiro, as lâminas deixaram apenas alguns pedaços pequenos.
O liquidificador conseguiu triturar bem as cenouras, e, após adicionar a farinha, movimentou bem a massa da nossa receita de bolo. Apesar de não possuir função de pulsar, o fato de possuir duas posições com o seletor desligado ajuda a simulá-la, mudando de desligado direto para a velocidade máxima.
A lâmina possui uma boa espessura e consegue triturar gelo, porém é necessário segurá-la, como não se prende tão bem à jarra durante o teste, a tampa se abriu e jogou uma boa quantidade de gelo para fora.
A amplitude sonora também sofreu pouca alteração e continua ainda fazendo um ruído considerável. Ainda está entre os liquidificadores mais barulhentos já testados.
A base removível facilita a limpeza da jarra e das facas, porém o novo sistema de segurança faz com que a base tenha alguns pontos de acúmulo que podem dificultar uma limpeza profunda. Essa é uma grande diferença para os modelos anteriores, onde tudo se separava.
O conjunto todo pesa cerca de 3.28 kg contra 3.32 kg do modelo antigo, quase metade do peso pertence à jarra de vidro. A jarra não trava no corpo e para muitos pode até parecer meio solta. Para garantir, vale carregar as peças separadas. É um encaixe básico mesmo, mas funciona. A vantagem é que basta levantar a jarra para desacoplar, mesmo com o produto em funcionamento. Há marcações a cada 250mL no corpo da jarra porém o erro é considerável, não sendo muito úteis.
O corpo é liso e metálico, não apresenta nenhuma dificuldade para a limpeza, porém os modelos espelhados como cobre e prata deixam marcas de dedos. É possível limpar somente com um pano úmido e há poucos pontos de acúmulo. A base possui um pequeno vão para dentro do produto, mas o alimento não entra com facilidade por esse ponto.
A mudança no acoplamento das lâminas conseguiu amenizar o problema de segurança das facas poderem girar sem a jarra. Foi um bom “band-aid” para o problema. O ideal seria não ligar o motor em si, mas é melhor que nada. O consumidor ainda pode cometer o vacilo de não colocar a borracha de vedação, mas esse problema de segurança é pequeno, pois o líquido vazado não terá contato com o motor.
Os pés deste novo modelo estão com borrachas um pouco mais moles que a versão anterior. Foi o bastante para garantir que o produto não andasse à toa, coisa que acontecia na versão passada.
A cabo de força possui 99 cm de comprimento e é um cabo de ótima qualidade, bem robusto e com aterramento.
Em relação ao aterramento, apesar do corpo ser feito de alumínio ele é bem isolado medindo cerca de 3 volts em uma tomada não aterrada, a parte do corpo com menor isolamento é a base plástica onde foi possível medir cerca de 40 volts, e caso o aparelho se ligado em uma tomada aterrada essa tensão cai para cerca de 1 volt. No geral está seguro.
O Osterizer continua com um bom acabamento e bom desempenho. As mudanças feitas não comprometem o conjunto, porém a base da jarra ser parcialmente desmontável pode incomodar àqueles que buscam uma limpeza profunda. Podiam ter trazido algumas evoluções como redução de ruído ou enrolamento de cabo, mas pelo menos os pés um pouco mais aderentes deixaram o conjunto mais estável. Para aqueles procurando desempenho, e não preocupados com tamanho ou barulho, o New Osterizer pode ser uma boa opção.
