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A EOS está com algumas panelas de pressão elétrica no mercado, podendo serem encontradas em aço inoxidável sem pintura ou neste metálico marrom puxado, que a empresa chama de Titanium.
O modelo avaliado aqui é a versão analógica com 5 litros de volume. Nas mesmas cores também é possível encontrar a versão digital, com volume de panela de 6 litros.
A cor é diferente, agradável. Combina com todos os outros detalhes em preto ou prateado do produto. O seletor é simples, plástico, grande, bom e prático para selecionar o tempo. O desenho em si é meio genérico. Por sinal tem uma Philco no mercado que praticamente só muda o painel de interface: Panela Philco
A marcação do seletor é uma mistura de números com os desenhos dos alimentos correspondentes ao tempo de preparo. É um pouco poluído, mas prático para a utilização. Assim mesmo, no manual a EOS especificou o tempo correspondente à representação gráfica dos alimentos.
Para aqueles que buscam colocar o alimento na pressão por muito pouco tempo, aqui fica difícil, pois não tem marcação clara antes da representação do peixe, que fica em torno de 8 minutos sob pressão.
Algo interessante desta panela é que o seletor de tempo conta o tempo de funcionamento após o alimento estar pressurizado, muito similar às panelas digitais. Muitas dessas panelas com seletor analógico iniciam a contagem de tempo assim que o seletor é rotacionado para o tempo de funcionamento.
Na interface tem 3 LEDs: “manter aquecido”, “pressurizado” e “aquecimento”. Assim que a panela é ligada o LED de “aquecimento” fica aceso. Sempre que a resistência estiver ligada ele entra nessa condição. Assim que a pressão é atingida, o LED “pressurizado” acende. Durante o funcionamento da panela esses dois LEDs ficam se alternando, pois assim que a temperatura cai, o LED de “aquecimento” acende novamente. Basicamente os LEDs estão mostrando o que está acontecendo no controle da panela. A mesma coisa acontece quando o seletor está na posição “zero”, mas nesse caso o LED “manter aquecido” ficará alternando com o LED de “aquecimento”.
A tampa tem alguns detalhes metálicos no topo, lembra a panela da Mondial testada no passado. A alça é plástica assim como toda a parte do topo (é somente uma cobertura para a tampa de metal interna). O acabamento é razoável, com alguns rechupes e frestas visíveis.
Internamente esta EOS tem uma tampa extra onde fica a borracha de vedação. Grande parte das panelas do mercado também tem esse sistema. É simples, mas funciona. Algo inesperado foi pontos de condensação próximo da junção da tampa durante o processo de pressurização, porém pouco depois da panela pressurizada a condensação some. Parece uma característica da panela.
Atrás do produto tem um copinho coletor de líquidos, caso haja acúmulo de líquido na fresta do corpo com a tampa. Em todos os testes realizados o copinho acabou sempre vazio, o que é um bom sinal.
Junto com a panela vem uma colher e um copo medidor para auxiliar no preparo de grãos. São peças simples, mas nada muito diferente do que os concorrentes entregam. Não há alça no corpo para encaixe da colher, como tem na Midea PPA71, Mondial Master Cooker e Electrolux PCC20.
Dentro da panela também tem uma marcação em copos e em fração do volume total. Essa marcação fracionada está corretamente marcada, sendo cada um quinto igual a um litro de água.
Um acessório inesperado que veio com a panela é uma grade que fica em torno de 1 litro de altura para de repente fazer alimentos no vapor ou esterilizar objetos. Não há detalhes no manual a respeito, mas como o nível mínimo declarado no manual é uma xícara, nada impede de usar a grelha para isso.
A EOS disponibiliza sete receitas online para serem preparadas na panela de pressão. Tem alguns pratos interessantes, fora do padrão (ex: chilli com carne) Para aqueles interessados, segue o link do livro: LINK
O seletor de tempo se mostrou preciso, ficando 61 minutos ligado quando selecionado para funcionar por 60 minutos. Provavelmente terá uma variação pequena de acordo com a temperatura externa devido ao comportamento do produto, mas assim mesmo será pouca variação.
A temperatura de funcionamento pressurizada foi boa e acima da maioria das panelas de pressão já testadas pela Harpyja. Teve 111°C em média, variando em torno de 1,5°C quando pressurizada. Até panelas como a Midea PPA e Electrolux PCC20 trabalham com temperaturas levemente abaixo disso.
Esta panela é declarada com 900W de potência e trabalhou muito próximo do valor nominal. Para elevar a temperatura de dois litros de água de 25°C até 100°C levou 16 minutos, algo similar a grande parte das panelas do mercado. Seu consumo foi mais alto que a média das panelas, mas assim mesmo, nada grave. Funcionando por uma hora pressurizando 2 litros de água, o consumo foi de 0,36 kWh. Isso ainda é menos que uma air fryer funcionando por somente meia hora.
Depois do produto terminar o ciclo ou se for ligado na tomada sem rotacionar o seletor, ele automaticamente entra no modo “manter aquecido”. Nessa condição a temperatura fica em torno de 77°C, um pouco alta para a condição, mas assim mesmo é uma boa temperatura.
É possível usar a panela para refogar alimentos, trabalhando com ela sem tampa. Nessa condição a temperatura está bem equilibrada para conseguir refogar, sem queimar os alimentos ou esfriar demais em cada ciclagem da resistência.
A panela trabalha sem fazer barulho, somente se deixar a válvula aberta que vai ficar exalando vapor. Por sinal, a válvula é algo chato de manipular para fechar ou liberar vapor.
No geral a estrutura externa é fácil de limpar. Não há muitos cantos para acúmulo. A tampa deixou um pouco a desejar devido as frestas na fita metálica
Apesar do painel ser inteiro lustroso, não deixa marcas de dedos evidentes. Só é importante passar materiais lisos na superfície, para não riscar com facilidade.
Vale não abrir a válvula de pressão quando o conjunto estiver pressurizado, pois a válvula espalha líquido para todos os lados. Se for abrir, vale cobrir com um pano para amenizar a sujeira.
Na área interna das válvulas vale usar uma escovinha para limpar, pois são pontos que por segurança não podem ter acúmulo de sujeira e não são “desmontáveis”.
O antiaderente da panela parece ser bom. De todos os testes feitos não houve sinais de riscos no material. Vale somente lembrar que os testes foram feitos com utensílios adequados para a panela: madeira e plástico.
Ao abrir a tampa é comum acumular líquido entre o topo e a tampa interna. Para evitar de pingar para fora da panela, assim que a tampa é aberta vale segurar a peça em ângulo para escoar toda a água acumulada no topo.
A construção da maioria das panelas do mercado é parecida, incluindo os sistemas de segurança. Dentro do que foi visto nesta EOS, não há nada que se destaque na segurança. Algo que não há nesta panela e que tem em alguns modelos é a detecção da tampa fechada.
Os pés plásticos são estáveis, mas poderiam ter uma aderência maior para não deslizar o conjunto quando abrindo a tampa em vazio. Assim mesmo, assim que é colocado um litro de água na unidade o produto não desliza quando abrindo.
O cabo de alimentação é de boa qualidade, pode ser facilmente desconectado e tem um tamanho razoável (99 centímetros).
Para uma panela de pressão elétrica simples, o produto atende bem o aquecimento sob pressão, mantém os alimentos aquecidos e refoga bem. Tem vários pontos para melhoria, mas no geral é um produto com um custo benefício interessante para aqueles que buscam uma panela “direto ao ponto”.
