Desempenho
Conforto Sonoro
Praticidade
Design e Acabamento
Limpeza
Segurança
Robustez Aparente
Outros Pontos
Pontos fortes
Pontos fracos
A Oster decidiu entrar na briga das batedeiras caseiras de alto padrão. Até recentemente, o modelo mais completo da marca era a Oster Spinner, que ficava com um padrão intermediário entre os modelos mais simples e os mais profissionais. Com esta nova planetária a Oster agora tem modelos para todos os gostos:
A Oster busca se destacar na estética de seus eletroportáteis e aqui não fez diferente. A Oster OBAT911 tem curvas modernas, com cores chamativas mesclando o vermelho metálico com o prata cromado.
O acabamento do produto é de ótima qualidade. O conjunto é uma mistura de plástico e metal. Todas as peças externas no topo são de plástico rígido (ABS) cromadas ou com pintura de boa qualidade. Todos os detalhes cromados são de plástico rígido.
O corpo principal, onde fica o seletor, que articula a cabeça e trava a tigela é inteiro de metal com a mesma pintura metálica (parece pintura automotiva). No local onde a tigela é travada a peça é de inox.
Abaixo do corpo metálico fica a base cromada que também é plástica. A qualidade do plástico é alta qualidade e a junção com o bloco metálico é boa. Mesmo olhando de perto, tudo parece de metal.
A tigela é grande e de inox, com duas alças em lados opostos, chegando a dar 5,6 litros até a boca! A peça trava muito bem na base, e não mexe nada durante o funcionamento. Seria interessante se tivessem feito uma alça vertical, similar a alça da KitchenAid, para lidar melhor com volumes grandes. Cinco litros é pesado para lidar somente com uma alça horizontal na hora de despejar alimentos.
Há um aparador de respingos para colocar sobre a tigela. É muito similar ao aparador da KitchenAid, com uma abertura grande para inserir alimentos e a possibilidade de por e remover o aparador sem precisar levantar os batedores. É uma peça de boa espessura, mas aparenta ser de acrílico, então se deve cuidar para não derrubar.
O conjunto vem com 3 batedores, todos inteiros de metal. O fouet tem arames de aço inoxidável de 2mm de espessura e o encaixe na junção dos arames é de alumínio. A raquete e o gancho são inteiros de alumínio.
Algo que deixou a desejar foi o ângulo máximo da cabeça para erguer os batedores. O conjunto erguido fica com somente 30° de ângulo, deixando os batedores alguns centímetros para dentro da tigela. Para aqueles que gostam de tirar a tigela sem manipular os batedores, vai ficar difícil esse trabalho neste produto.
Acima do seletor há um display que possui duas funcionalidades. Caso não seja programado, mostrará o tempo que a batedeira está funcionando. Sempre que o seletor retorna para a posição zero, o display zera a contagem.
Há dois botões ao lado do display. Quando apertado, aparecerá um tempo no display que permite ajustar facilmente de dez em dez segundos o tempo desejado de funcionamento da batedeira. Assim que selecionado o tempo, quando o seletor é colocado em uma velocidade, o timer mostrará uma contagem regressiva de um em um segundo. O tempo máximo do temporizador é de dez minutos.
É um display de bom tamanho, com LEDs brancos agradáveis. Tem sua utilidade, porém deixou a desejar por zerar o tempo sempre que os batedores são levantados ou o acionamento retorna para zero.
Outro detalhe nesse lado digital são os LEDs presentes apontando para dentro da tigela e também ao redor do seletor. Mesmo em uma cozinha escura ficará claro de ver a massa sendo batida com a iluminação interna. É um detalhe interessante. Algo que não agradou foi a configuração do LED em estado de espera, onde a luz fica piscando dentro da tigela quando o batedor está abaixado. É uma particularidade que para muitos nem vai importar.
Esta batedeira planetária possui um controle digital de velocidade. A velocidade inicial dela é bem lenta, a mais lenta que já vimos até o momento, e a diferença entre cada velocidade é muito bem dimensionada. Quando muda de uma velocidade para outra, há um tempo de resposta com uma aceleração suave. Isso ajuda na hora de escolher a velocidade desejada e ameniza a realização de movimentos bruscos no processo.
Os resultados utilizando o fouet foram positivos. O globo tem um diâmetro grande com arames de boa espessura. Assim mesmo, seria interessante se tivesse uma velocidade máxima um pouco mais alta. A velocidade máxima dela é uma das mais baixas já medidas.
A raquete também tem uma boa largura e entregou bons resultados quando batendo massas médias. Há espaço para deixar os batedores mais rentes as paredes da tigela, algo que poderia torná-los ainda melhor.
O gancho movimenta bem as massas pesadas, tendo um desenho similar à maioria dos ganchos já testados em outras planetárias. Quando estava trabalhando com pães, a velocidade lenta era até lenta demais. Foi possível trabalhar perto da velocidade 4 em muitas massas. O conjunto é bem estável, grudando muito bem na bancada. O peso do corpo ajuda a manter o conjunto no lugar.
Nos testes fizemos alguns pães. A maior massa que testamos foi usando 1,3kg de farinha, e na maior parte do trabalho a potência não precisou passar de 350W. Há potência de sobra neste conjunto, pois é declarado com 1000W de potência. Em velocidades altas com massas médias, a potência exigida ficou em torno de 300W.
Esta batedeira está entre as menos barulhentas já testadas. Quando estava em velocidade mínima, sua amplitude sonora ficou abaixo de 60dbA. A nível de comparação, a maioria das planetárias fica acima de 70dbA na velocidade mínima. No geral, o barulho da Oster OBAT911 é um pouco mais alto que a KitchenAid Artisan.
A pintura esmaltada no corpo ajuda na limpeza diária. Um pano úmido já deixa o produto com um bom brilho. O aparador de respingos ajuda, mas o que ajuda mais é a partida lenta. Isso evita de espalhar farinha mesmo com a tigela cheia de ingredientes.
O aparador acaba não protegendo na parte mais importante: a junção entre a cabeça e o corpo. Se espalhar farinha ali, acaba ficando na fresta. A vantagem é que a Oster colocou uma proteção plástica na parte interna para evitar de entrar sujeira nas peças móveis e na parte elétrica.
A tigela de inox é fácil para limpar e a junção entre a tigela e base também é de inox, permitindo uma esfregada mais brusca se necessário.
Este é um ponto em que a Oster gastou uma energia extra. Para aqueles buscando segurança, aqui apareceram vários pontos interessantes.
Todo o conjunto é isolado, mesmo nas peças metálicas, como a tigela e o contato da tigela com a base. Ali não foi medido tensão acima de 25V. Em todo o resto do corpo a tensão de fuga foi ainda mais baixa, algo que se destaca para aqueles que não tem aterramento em casa.
Quando a cabeça é erguida, os batedores são desligados e quando é novamente abaixada, mesmo que esteja em alguma velocidade, a planetária não irá ligar os batedores. É necessário levar o seletor de volta para a posição zero e religar depois.
O cabo de alimentação é de bom tamanho, com 1,1 metros de comprimento.
Os pés possuem ótimas ventosas. É necessário colocar mais de 5 quilos de força na lateral para removê-la de uma bancada lisa.
Há também detecção de tampa aberta na área do topo onde é possível encaixar um copo de liquidificador. Como ali a peça gira acima de 14 mil rotações por minuto, é importante assegurar de somente funcionar quando tiver uma jarra acoplada ou com a tampa devidamente encaixada.
Algo que não faz muito sentido, mas ainda está presente no manual da Oster, é a limitação de 5 minutos de funcionamento contínuo. Analisando algumas engrenagens, tudo aparenta ser de metal, transmitindo uma robustez na estrutura mecânica (faltou desmontar somente a caixa de transmissão). Além disso, o motor é declarado com 1000W de potência e nos testes realizados não foi necessário usar metade da potência disponível. Esse limite de tempo acaba influenciando na praticidade e utilização para as receitas típicas de casa.
Fora essa declaração pelo fabricante, o conjunto apresenta ser robusto, com um bom controle de velocidade e peças de boa qualidade. Quando estava batendo massas bem pesadas não houve sinal de esforço excessivo, porém havia um barulho nas peças plásticas. Provavelmente devido ao trabalho da cabeça atritando com a tampa de encaixe do liquidificador.
Por sinal, falando de jarra de liquidificador, ainda não há jarra que encaixe neste produto, mas a princípio a Oster está desenvolvendo uma. Há no entanto, outros acessórios que podem ser acoplados na frente da batedeira.
Hoje a Oster oferece um moedor de carne, um ralador e fatiador de alimentos (queijos, legumes, etc), e um modelador de massas. As peças parecem interessantes, mas será necessário realizarmos alguns testes para ter uma opinião mais concreta.
A batedeira planetária Oster OBAT911 mostrou muitas funcionalidades interessantes, uma estrutura de boa qualidade e bons resultados no preparo de receitas. Algumas peculiaridades como a limitação do ângulo para levantar os batedores, as limitações do timer e do funcionamento contínuo de 5 minutos foram os pontos que penaram mais. No geral é um produto que agrada aos olhos, com bom controle de velocidades e que promete funcionalidades interessantes com seus acessórios.
