Avaliação
Desempenho e Funções
Conforto Sonoro
Design e Acabamento
Praticidade
Limpeza
Segurança
Outros Pontos
Pontos fortes
Pontos fracos
Assim como seus concorrentes, a Mallory está agora com uma linha de liquidificadores com jarras acima de 3 litros de capacidade.
Este modelo possui o mesmo nome da dona da marca Mallory. O grupo espanhol (Taurus Group) é hoje dono de diversas marcas ao redor do mundo. A linha Taurus está com vários liquidificadores diferentes, incluindo modelos com jarras de vidro e com interface por toque (painel touch). O modelo que testamos é a versão mais simples, somente com o seletor de velocidades giratório.
O conjunto é simples, mas atraente. A base é quase um cubo com cantos curvados e o seletor no centro é grande com uma chapa de aço inoxidável escovada no centro. É uma cara meio minimalista bem interessante.
A jarra do Mallory Taurus é de plástico transparente (SAN) quase cilíndrica. Sua capacidade total é de 3,1 litros, mas sua capacidade útil é de 1,85 litros. A indicação de volume é boa e tem marcação até seu limite útil. Muitos liquidificadores marcam mais volume, porém acabam transbordando, sendo assim é ótimo que a Mallory marcou somente até o limite capaz de bater.
A tampa é ótima, veda bem e possui 3 opções de bocas (totalmente aberta, com grade e totalmente fechada). É prática de abrir e fechar e sua tampa dosadora no centro também é boa, bem larga (5,5cm) para acrescentar ingredientes e há também uma curvatura no topo da tampa para afunilar os alimentos para o buraco do centro. A tampa dosadora trava no topo e permite a abertura da tampa puxando pelo copo dosador.
A jarra só é encaixada no topo, mas fica estável quando assentada. Para servir, basta puxá-la do corpo. Há um pouco de interferência em excesso e dependendo de como a jarra é puxada, o corpo vem junto. Acho que com o tempo os plásticos devem se desgastar e isso irá desaparecer. A base possui 4 pés de borracha e como o conjunto é bem largo, ficando estável quando em funcionamento.
Este liquidificador possui 12 posições de velocidade. A variação da velocidade mínima para a máxima é muito boa, tendo mais de 40% de diferença. Além disso o seletor é bem suave, agradável de movimentar. Diria que é até suave demais, pois quando colocando no pulsar, quando o seletor é solto, em grande parte das vezes ele passa do zero e não desliga. Em alguns casos, o seletor chegou a voltar até a 6ª velocidade por conta própria.
Quando realizando o teste de vitaminas o Mallory Taurus se saiu acima da média dos liquidificadores de jarra grande, mas ainda distante de ter um resultado atraente. Dois dos liquidificadores de jarra grande (o Cadence Robust e o Arno Power Max) entregam resultados bem melhores que o Mallory Taurus.
Quando batendo farinha seu resultado também foi acima da média dos liquidificadores grandes. Quando comparando com todos os liquidificadores ele ainda está abaixo da média, mas quebra um galho.
Há uma leve diferença na potência do 127V (1270W) para o 220V (1300W), mas é algo praticamente desprezível. Quando testando com líquidos e com grãos o produto trabalhou abaixo da metade de sua potência nominal. É realmente um conjunto forte.
A parte mais frágil é o eixo central. Após a conclusão dos testes secos, onde avaliamos a performance com grãos, a bucha central começou a ter um leve vazamento. Muitos liquidificadores são frágeis neste local, mas o Mallory Taurus se mostrou mais frágil que a média. No manual a Taurus recomenda só ligar por 10 segundos contínuos quando lidando com grãos. A maioria das empresas recomenda um minuto de uso contínuo para ingredientes secos.
O liquidificador vem com um filtro de bagaços que encaixa no fundo da jarra para conter o bagaço ou sementes de alimentos quando batendo. O filtro tem um bom acabamento, mas seu encaixe na base é meio frouxo e com isso tem um pouco de vazamento de partículas maiores passando por baixo do filtro. Produtos como o Britânia B1000 ou Philco PH900 também vem com um filtro, mas o encaixe desses é bem justo, não deixando passar nada fora o líquido pela peneira.
A parte interna da jarra deixou a desejar. Há algumas nervuras internas com cantos vivos que poderiam ser evitados. A Mallory tem esses mesmos detalhes no modelo Tornado. No Taurus não chega a ser tão incômodo quanto no Tornado, mas não custava terem ajeitado isso.
Mas o que mais incomodou na jarra foram as nervuras internas do fundo do copo. Abaixo das lâminas há quatro nervuras plásticas que acumulam alimentos quando batendo. Para limpar é necessário passar a mão (ou escova) abaixo das lâminas e remover o que fica parado ali. Nada prático para uma limpeza profunda.
a base do Mallory Taurus é bem larga e mesmo quando batendo alimentos com pedaços grandes o conjunto fica estável. No geral o conjunto é seguro. Podiam ter feito o cabo de alimentação um pouco mais curto. Com somente 75cm de comprimento é comum necessitar de uma extensão para ligar em uma tomada um pouco mais distante.
Há espaço para enrolar o cabo no fundo, mas como o cabo sai de trás do produto, é preciso dobrá-lo para ser enrolado. Como não há alívio no cabo, não recomendaria ficar enrolando na base com frequência.
O Mallory Taurus tem 1 ano de garantia no motor e 3 meses de garantia na jarra. Recomendo conferir o site Reclame aqui para ver se muitas pessoas estão tendo problema com a jarra. Apesar de termos tido problema de vazamento, não temos uma amostra de produtos para confirmar que isso é algo comum.
O Mallory Taurus é um produto atraente, com jarra grande, porém vários pequenos detalhes de projeto pesam contra ele. Há resultados interessantes de performance para um liquidificador grande, mas ainda não supera a maioria dos liquidificadores menores. Para aqueles que buscam potência e capacidade, é uma opção. Só cuidado para não derrubar a jarra. Uma pequena queda pode ser o bastante para quebrá-la.
