Desempenho e Funções
Desempenho Liquidificador
Praticidade
Acessórios
Design e Acabamento
Limpeza
Segurança
Conforto Sonoro
Outros Pontos
Pontos fortes
Pontos fracos
Quando chegou a caixa não dava para imaginar que caberia tanta peça dentro! O Oster MPR870 vem com 15 peças, cobrindo o papel de processador, liquidificador, batedeira, espremedor, ralador e fatiador. Esta é a versão mais completa oferecida, mas também tem um outro modelo (MRP871) com a mesma potência, mas que vem sem o espremedor e os acessórios para cobrir a batedeira. A imagem abaixo mostra a diferença dos dois modelos.
O corpo chama a atenção. A peça central é cheia de curvas com um painel em aço inox. O seletor também é diferenciado com 3 cores. É raro usarem mais de uma cor na interface, mas faz diferença quando usam! Ficou elegante a mistura de preto, grafite e vermelho.
O cabo de alimentação tem um metro de comprimento e na base há espaço para retrarir o cabo. É prático e facilita o manuseio do produto. O copo ou a jarra podem ficar travados no corpo para transportar, mas assim mesmo são várias peças que ficarão soltas quando guardando o conjunto inteiro.
A jarra do liquidificador é de plástico transparente (acrílico ou SAN) de uma espessura fina (3 milímetros). As base e a borracha de vedação são removíveis, o que facilita a limpeza das lâminas. Por outro lado a peça não tem um bom acabamento e é difícil de encaixar. Quando apertando o encaixe não vai até o fim de curso, então dá a sensação como se não tivesse encaixada direito.
O produto tem duas velocidades e há uma distinção clara entre as duas (25% de diferença). Quando batendo vitaminas o liquidificador se saiu bem. Conseguindo cortar de forma homogênea os ingredientes. Não entregou resultados superiores aos Osters de jarra de vidro, mas teve um desempenho bom.
Por outro lado quando lidando com alimentos que têm mais dificuldade de se mover na jarra, o resultado foi bem abaixo da média. Os ingredientes no centro até bateram bem, mas no geral faltou movimentação. Apesar disso o conjunto faz barulho acima da média quando comparado com outros liquidificadores do mercado.
Sua marcação vai até 1,5 litros e nos testes realizados ele realmente não transborda até passar de 1,6 litros. Essa informação é importante, pois sua tampa não veda bem e caso transborde, o bico pode derramar líquido dentro da carcaça do motor. Podiam ter feito a base do liquidificador um pouco mais larga para cobrir esse ponto, caso a jarra venha a vazar.
A jarra deste Oster necessita estar encaixada de forma específica para funcionar. É um mecanismo de segurança importante, mas da forma como fizeram não é prático, pois mesmo só tendo um ponto para ligar, é possível encaixar em ângulos que não funcionam. A tampa também é confusa quando encaixando. Cada peça rotaciona para um lado diferente para encaixar e desencaixar. Não segue um padrão.
Apesar do copo do processador ter um design atraente e ter uma boa marcação de volume, a peça deixou a desejar. Quase toda a peça tem somente 2 milímetros de espessura (muito fina). A alça é bonita, mas não transmite muita segurança. A junção das duas peças de cores diferentes não tem um encaixe 100%. A tampa chega a ser mais frágil que o copo, tendo em alguns pontos somente 1,6 milímetros de espessura.
Para ligar o produto é necessário encaixar o copo de forma específica (muito similar ao encaixe do liquidificador) e também é necessário encaixar a tampa pela segurança do usuário.
Foram realizados testes com diversos alimentos. Seus resultados foram bons, mas poderiam ser muito melhores. Quando fazendo farinha de aveia, bateu melhor que os processadores pequenos, mas não foi melhor que o Multiprocessador da Philips Walita. Quando picando legumes, em muitos casos não picou de forma homogênea, mas entregou tudo picado.
Quando batendo pasta de amendoim, seu resultado foi fraco. Mesmo comparando com mixers que vem com um processador, como o Oster ou o Mondial, o resultado deste Oster MPR870 foi inferior a ambos. Mesmo usando espátula, movimentando os ingredientes com frequência, não foi possível dar o ponto.
O espremedor é composto de duas peças, a peneira para os bagaços e a castanha. Na peneira há uma redução com três engrenagens, que conectam com o eixo central do motor através de uma engrenagem que fica no topo do copo do processador. Para encaixar essa peça se remove a lâmina do processador e encaixa-se a peneira, ficando travada no copo.
A castanha se conecta com essas 3 engrenagens plásticas para girar. É uma redução grande de velocidade, saindo de 1400 rotações por minuto, para 400 rotações.
A peça funciona bem para espremer laranjas. O conjunto fica estável. O motor não passa de 160W quando espremendo, ou seja, trabalha sem ter que fazer muito esforço.
O que incomodou foi a fragilidade da conexão das engrenagens plásticas. Quando botando uma força acima da média para empurrar a laranja sobre a castanha, as engrenagens travam e se isso for feito com frequência, pode desgastar excessivamente a engrenagem central.
Para a execução de ambas as funções só há uma peça. De um lado é o fatiador e do outro é o ralador. O ralador vem com furos grandes, por volta de 4,5mm. É bom para fazer uma salada ralada com tuberosas (beterrabas e cenouras). O processo de ralar vai bem, porém quando chegando no fim do alimento ele acaba ficando preso no topo do ralador. Por volta de 6mm sobram.
O fatiador deste multiprocessador tem uma faca que gera cortes ao redor de 3,5 milimetros. Teve um pouco de variação nas espessuras do corte, mas nada grave. O que incomodou foi o mesmo empecilho do ralador. Sobra um toco grande e acaba rotacionando junto com o disco, batendo na tampa e frequentemente acaba travando o pilão. Nesses casos era necessário abrir a tampa para remover o alimento para continuar processando. Em suma, a peça funciona, mas deixa a desejar.
Por último o Oster MPR870 vem com duas peças para poder fazer várias tarefas que uma batedeira comum faz. As peças são plásticas, flexíveis, robustas a quedas. O encaixe delas é no local onde vai a lâmina do processador.
Com o emulsificador é possível aerar misturas para fazer cremes, chantilly, claras em neve. Foi possível fazer 3 claras em neve, mas a aparência depois de bater ainda não estava 100%. Quando colocando açúcar para fazer um suspiro, o emulsificador não conseguiu chegar no ponto adequado. Mesmo batendo por um bom tempo, a evolução estagnou. Foi necessário finalizar a receita em uma batedeira.
A outra peça é destinada para bater massas leves, bolos. Fizemos um bolo com mais de 500 gramas de ingredientes e o multiprocessador Oster bateu com facilidade. Em pouco mais de quatro minutos na velocidade máxima todos os ingredientes estavam bem misturados.
O multiprocessador Oster MPR870 tem potência e tem um bom acabamento. O corpo com detalhes em inox, pés com ventosas e recolhimento de cabos é interessante. Por outro lado, em grande parte das funções há muito espaço para melhoria na performance. Os encaixes dos copos e tampas podem ser mais práticos. E para completar, as peças também podem ser mais robustas. Jarras e tampas finas, peças desbalanceadas e pontos abertos para vazamento, são alguns dos detalhes que demandam cuidado quando utilizando este multiprocessador.
