Um dossiê sobre repelentes: tradicionais, naturais e elétricos.

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Um dossiê sobre repelentes: tradicionais, naturais e elétricos.

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Um dossiê sobre repelentes: tradicionais, naturais e elétricos.

- Ah, o verão.

Época gostosa para recobrar as energias, confraternizar entre amigos e familiares e também para viajar. Uma estação quente, com forte incidência de altas temperaturas, e também de insetos.


O ciclo das plantas se modifica no verão, e como elas estão em sinergia com a vida dos insetos, a incidência de mosquitos é maior nessa época do ano.


O calor é propício para o metabolismo dos mosquitos, sendo que uma média de 26ºC a 28ºC é ideal para o seu organismo. No verão eles procuram lugares mais frescos nas horas mais quentes do dia para se abrigarem, e nossas casas acabam sendo uma boa opção.


Uma ação sensata para o interior de casa é a instalação de telas anti-mosquito em todas as janelas que ficam abertas. Elas impedem a entrada dos pernilongos e outros insetos e são uma maneira de deixar a casa sempre fresca.


Mas como não podemos ficar protegidos dentro de uma bolha, ou usar uma tela anti-mosquito ambulante fora de casa, devemos nos ater a alguns procedimentos para evitar as picadas de insetos, que inclusive podem transmitir doenças, como Malária, Dengue, Febre amarela, Zika, Chikungunya  e Chagas.


Entre as atitudes recomendadas, o uso de repelentes é uma das principais. Eles criam uma camada de proteção no corpo que nos deixa longe dos radares dos mosquitos. Os repelentes são fabricados com uma substância que entope os poros das antenas dos insetos quando eles se aproximam de nós.


E como o principal mecanismo de localização deles são as antenas, eles ficam perdidos sobre onde pousar e picar. A grande questão é a de que existem mais de 2.500 tipos de mosquitos, e os repelentes do mercado podem não ser eficazes para entupir os poros das antenas de todos os tipos.


Repelentes tradicionais


Atualmente a grande parte dos repelentes comerciais é fabricada com base no composto DEET, que foi desenvolvido pelo exército americano em 1946 e era usado para proteger os soldados nos campos de batalha, das picadas dos pernilongos.


A Anvisa (Agência Nacinal de Vigilância Sanitária) aprova e recomenda o uso de apenas três ativos químicos, que diferem no tempo de ação e na toxicidade.


IR3535 - um ativo sintético de duração curta, é seguro para gestantes e crianças a partir dos 6 meses de idade,  por ser uma substância com menores riscos de alergia e intoxicação. Como a duração efetiva é curta, a recomendação é de que sejam feitas re-aplicações periódicas de pelo menos 2 em 2 horas.

Marcas mais conhecidas: Johnson's baby , Huggies turma da Mônica e Xô insetos.

Repelentes

DEET - Com duração média de 4 horas na pele, os repelentes com base de DEET são os mais comuns do mercado. Não são indicados para crianças menores de 2 anos, e não são muito eficientes contra o mosquito da Dengue. Especialistas não recomendam mais do que 3 re-aplicações por dia sob risco de intoxicação. Marcas mais conhecidas: Off, Repelex e Autan.


Repelente

Icaridina - São os que apresentam a maior proteção ao mosquito, já que oferecem uma proteção de 12 horas na pele. É um produto bem requisitado nas prateleiras das farmácias. É a substância mais recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) contra os insetos e a mais eficaz contra o Aedes Aegypti, responsável pela transmissão da dengue, do zika  vírus e da chikungunya, segundo o Ministério da Saúde. Foi criada nos anos 90 devido a um surto de Malária quando o exército francês estava na divisa do Amapá. Principal marca: Exposis.



 

Repelentes Naturais

A Citronela é a alternativa mais conhecida para a produção de repelentes naturais, já que funciona com o bloqueio da sensibilidade olfativa dos mosquitos. Sua eficácia não é comprovada cientificamente, apesar de se saber que uma das suas substâncias o geraniol, é eficaz para repelir insetos. A indústria de repelentes utiliza geralmente a citronela como um "reforço" aos produtos, mas também pelo seu aroma ser lembrado pelos clientes como um símbolo de eficácia.

Existem algumas plantas que são repelentes naturais de mosquitos e moscas, como  lavanda, manjericão, crisântemo, hortelã e alecrim. Manter vasos destas plantas em casa pode ajudar a espantar os mosquitos.

Segundo algumas fontes a mistura de cravos-da-índia com álcool é uma alternativa de repelente natural .Você precisará de 500 ml de álcool de cereais, 20 g de cravos-da-índia e 50 ml de algum óleo vegetal bom para pele (amendoim, amêndoa, macadâmia, coco). Basta fazer uma "garrafada" com os ingredientes e passar sempre que necessário.

Repelentes elétricos

Pelo intermédio de uma resistência que transforma a energia elétrica em calor e provoca a evaporação de um composto químico chamada piretróide, os repelentes elétricos são uma alternativa muito comum nas casas dos brasileiros.

Com o intuito de intoxicar os mosquitos, a piretróide apresenta quatro níveis de ação nos insetos: excitação, convulsões, paralisia e morte. Cada aparelho repelente funciona em uma área de mais ou menos 10 metros quadrados, sendo eficazes para ambientes pequenos, como os quartos.

De olho em uma fatia específica do mercado, algumas marcas de ventiladores tem se dedicado a integrar a funcionalidade de repelentes aos seus produtos. Com repelentes elétricos instalados em um compartimento específico na parte frontal dos ventiladores, a promessa das marcas é de que o vento produzido seja capaz de espalhar a névoa repelente por uma distância maior.

O sistema é geralmente compatível com todos os frascos de repelentes do mercado, o que permite que o consumidor escolha a sua marca favorita de repelente. Existem também alguns modelos como o é o caso do Ventilador Arno Turbo Silencio Coluna Repelente, que fazem uso da pastilha repelente.

Leia sempre a embalagem do fabricante para uma utilização segura.




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Sobre o autor

Frederico Paranhos é formado em gastronomia e publicidade e propaganda, atuou por 5 anos como chef de cozinha e consultor gastronômico. Hoje é redator e desenvolve conteúdo para a internet. Apaixonado pelo movimento slow food que empodera o produtor e enaltece os ingredientes, acredita que pode mudar o mundo pela gastronomia.

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