Desempenho
Conforto Sonoro
Praticidade
Design e Acabamento
Limpeza
Segurança
Robustez Aparente
Outros Pontos
Pontos fortes
Pontos fracos
Já faz alguns anos que testamos as batedeiras da linha Bowl da Oster. Os produtos tiveram resultados satisfatórios na época dos testes, e recentemente a Oster lançou mais duas versões atualizadas: uma com a tigela de plástico, e outra com a tigela em inox. Os novos modelos aparecem para substituir o OBAT610 e OBAT651 , e carregam recursos bem semelhantes às versões antigas.
O desenho geral da OBAT636 segue os modelos Oster Bowl que testamos há alguns anos. Algumas pequenas mudanças ocorrem principalmente no contorno da base, que não possui mais o desenho reto, possuindo agora linhas mais inclinadas que começam na base e vão afunilando até a cabeça da batedeira.
O corpo continua sendo feito praticamente inteiro de plástico no mesmo padrão de núcleos da Oster Bowl. A base é em grande parte na cor preta com alguns pequenos detalhes em grafite e mescla o acabamento fosco com alguns pontos polidos. Na parte traseira é possível encontrar a saída do cabo de alimentação de 1,5 metro, a cabeça possui parte da construção no mesmo plástico da base porém muda para a cor grafite no topo.
O seletor fica posicionado na frente, e ao redor possui a mesma cor grafite presente na cabeça com um detalhe em plástico preto no centro. A OBAT636 possui 12 velocidades bem indicadas com números ao redor, que por sinal possuem uma boa qualidade de impressão, logo acima (também em grafite) está o botão que ao respirar libera a cabeça. Outro ponto que também foi alterado é a força da mola utilizada para levantar a cabeça, a mola atual (com 950g de força) faz com que o movimento de levantar acabe sendo violento demais, por conta disso é uma boa prática segurando a cabeça com uma mão para que o impacto no produto não seja tão forte.
Quanto ao acabamento, todas as peças estão bem com um encaixe adequado entre elas, sem muitas deformações ou defeitos. As inscrições também possuem uma impressão de qualidade.
Nessa versão a tigela é feita em inox e possui 4,2 litros de capacidade, ela parece ser igual ao modelo antigo. São duas boas alças nas laterais, feitas no mesmo material e com bom acabamento. Ela se encaixa diretamente no plástico da base, o que pode causar certo desgaste no plástico após um longo tempo de uso.
Também acompanha um aparador feito em plástico transparente, que fica preso na cabeça da batedeira e sobe com ela. Isso traz uma melhora na usabilidade quando tendo que remover ou colocar os batedores ou a tigela, já que o aparador não fica no caminho como na maioria dos modelos. O acessório também possui um anel de borracha ao redor que ajuda na vedação com a tigela, e funciona bem quando combinado com a baixa velocidade mínima.
No topo do aparador é possível encontrar uma portinha que pode ser aberta para colocar os ingredientes, essa tem uma boa espessura e não parece ser tão frágil quanto algumas outras batedeiras que já testamos.
Assim como a maioria das batedeiras, a Oster Bowl Inox II segue somente os 3 padrões de batedores. O fouet, usado para o preparo de massas leves, realmente é para ser usado somente com massas leves já que os arames possuem somente 1,5 milímetro de espessura. São feitos de inox, com o encaixe da batedeira em plástico.
Tem também os batedores de massas médias e pesadas, aqui ambos são feitos em metal (aparentemente zamak, uma liga metálica) com acabamento polido. A raquete continua igual ao modelo anterior, é bem simples, sem muitos diferenciais; porém o gancho sofreu uma boa mudança de desenho, e agora tem um design mais similar ao de outras batedeiras com formato mais espiral ao invés do gancho de modelos antigos.
É possível que as peças sejam intercambiáveis com o modelo antigo.
Uma das maiores mudanças feitas na “atualização” do modelo está na velocidade mínima que está ainda menor, são cerca de 130 rotações por minuto ao contrário dos 190 RPM do modelo antigo. A diminuição ajuda a batedeira principalmente a não levantar tanta farinha quando preparando bolos, em compensação a velocidade máxima também está mais baixa. Agora são cerca de 560 RPM contra 660 RPM do modelo anterior, o que pode afetar receitas que necessitam de velocidade como suspiro.
Como resultado direto, no preparo de suspiro o resultado foi agradável, porém não foi um dos produtos mais rápidos. Mesmo preparando com somente 2 claras o batedor conseguiu alcançar bem e entregar uma boa consistência com 4 minutos de funcionamento, porém foi necessário fazer um leve ajuste no batedor para que alcançasse melhor as claras.
No preparo de bolo o resultado também foi bom, a velocidade mínima ajuda bastante a não levantar farinha e o batedor consegui deixar a massa bem homogênea sem deixar praticamente nada de farinha presa nas paredes.
Já preparando pão o resultado foi bem inferior. A batedeira teve uma grande dificuldade em mover o alimento, tanto por conta do batedor não conseguir prender bem a massa, fazendo com que ela ficasse no fundo da tigela, quanto pela potência do motor onde em vários momentos a batedeira chegava quase a travar sem ter força o suficiente para mexer. A capacidade máxima de massa ficou em cerca de 1,5 kg, pois devido a forma dela movimentar estava forçando demais o sistema planetário.
Quanto à amplitude sonora ela não se destaca muito, ficando próximo da média de outras batedeiras que já testamos no passado. São cerca de 75 dBA de amplitude média.
A limpeza geral não possui muito segredo. É possível limpar grande parte do corpo com somente um pano úmido, porém as peças plásticas tendem a riscar com facilidade, principalmente nos pontos em que possui o acabamento polido. A OBAT636 possui alguns pequenos vãos onde pode ser necessário o uso de uma escovinha para limpeza.
Os batedores também são fáceis de lavar e é possível utilizar uma buchinha um pouco mais áspera que eles não irão riscar com tanta facilidade.
A tigela de inox pode dificultar um pouco na limpeza por possuir a parte interna bem áspera, porém assim como os batedores é possível utilizar uma bucha mais áspera que irá facilitar bastante a limpeza.
No geral a segurança da batedeira é boa, as ventosas grudam bem e a sucção com cerca de 4,8 kg de força elimina grande parte do risco de se soltar da bancada.
Com o corpo praticamente inteiro feito de plástico a batedeira também não apresentou nenhuma fuga de tensão; um ponto a se tomar um leve está na força da mola, que como citado anteriormente é um pouco violento e pode acabar batendo em algo ou tombando caso não esteja bem grudado na bancada.
O Oster Bowl Inox II veio com uma atualização razoável para os modelos antigos, principalmente ao se tratar de sua velocidade mínima que deixou o preparo de bolos e alimentos com farinha mais agradável. Em contrapartida, com alimentos que abrigam de velocidade ou força, como o suspiro ou pão, uma performance foi inferior aos modelos anteriores. Ainda assim, no geral continua sendo um produto sólido.