Avaliação do Ferro de passar a Seco Elgin Iron Force Plus | Harpyja

Avaliação

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Pontos fortes

  • Ponta fina
  • Base antiaderente

Pontos fracos

  • Base instável
  • Indicador de funcionamento pouco luminoso
  • Controle de temperatura desregulado
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Avaliação do Ferro de Passar a Seco Elgin Iron Force Plus | Harpyja

Há pouco tempo avaliamos o ferro Vicini VCL-021. E se tornou inegável afirmar que ambos os modelos compartilham o mesmo fornecedor. Isso não quer dizer que não haja algumas diferenças entre ambos, por esse motivo a avaliação do Elgin Iron Force Plus vai focar nas diferenças entre os modelos e pontos principais, ao invés de descrever toda a unidade “novamente”.

Design e Acabamento

A primeira similaridade é o corpo dos ferros. Ambos são idênticos, com linhas mais curvas. A escolha de pintura é o oposto da unidade anterior: as peças que em um são brancas, no outro são azuis, e vice-versa. Por outro lado, o azul do Elgin é mais escuro e marcante.

O resto do corpo segue similar, com acabamento um tanto vulgar, assim como outros ferros nessa faixa de preço. A chapa de aquecimento também é idêntica, revestida por um antiaderente. A camada é fina e pode ser riscada facilmente por zíperes, detalhes metálicos das roupas e até mesmo sua unha se usar força. A aplicação poderia ser melhor, mas fica em pé de igualdade com outros ferros mais baratos.

O tamanho da chapa de aquecimento é praticamente o mesmo do Vicini: 142 cm². As dimensões do corpo também.

Praticidade

Uma diferença entre as unidades é o tamanho do cabo de alimentação. O Elgin possui 126 centímetros de extensão, ficando abaixo do Vicini (com 140cm). Esse tamanho de cabo já pode atrapalhar o manuseio se a tomada não estiver diretamente ao lado de onde irá utilizar.

Este modelo da Elgin é um modelo para quem prefere ferros mais leves. Comparado com outros que avaliamos, como Mondial e Agratto, a diferença é perceptível. Pesando junto ao cabo são 487 gramas, o mais leve até agora.

A empunhadura também é encurvada e fina, deve agradar quem possui mãos menores.

Uma diferença notável que aparece é justamente no seletor. Sua estrutura se mantém a mesma, porém é menos confuso que o Vicini. A tinta prateada não reduz a visibilidade, apenas deixa as marcações mais sutis.

O indicador de funcionamento é igualmente pequeno e pouco luminoso. A ponta do Iron Force Plus é fina e alcança entre botões sem problemas, a borda poupa-botões também cumpre seu papel.

Desempenho

Considerando as marcações do seletor, encontramos uma variação de 81°C a 159°C. A variação é boa, mas algumas questões de controle não agradam.

Com a resistência ligando e desligando, há naturalmente uma variação na temperatura média da chapa. Nos ferros avaliados anteriormente a distância entre os picos de mínimo e máximo era de 18°C, mas o Iron Force Plus se saiu pior, com cerca de 31°C de variação. Ajustes poderiam ser feitos para diminuir a diferença entre os picos de temperatura, possibilitando utilizar temperaturas mais altas sem a chance de danificar os tecidos. Da forma como está, a distância entre a temperatura média e os picos de temperatura tornam necessário a utilização de opções mais frias que atrasam passar a roupa.

Essa questão se repete no seletor, a maioria das temperaturas poderiam estar ajustadas mais altas para cada tecido, porém são forçadas a ficarem mais baixas para que os picos não danifiquem os tecidos. Apesar de estarem em temperaturas mais baixas, pode-se seguir as recomendações, mas utilize a primeira opção para passar tecidos de Lã.

Além dos picos de temperatura estarem mais altos do que o normal, eles estão mais distantes entre si do que o esperado. Isso faz com que o ferro passe mais tempo em temperaturas frias, contribuindo para o aumento de tempo.

Se por um lado o ferro da Elgin poderia trabalhar em temperaturas mais altas, por outro lado nos momentos iniciais ele atinge temperaturas muito altas. Esse deslize foi visto também no Vicini: nos primeiros segundos a temperatura de algumas regiões da chapa podem atingir até 100°C acima da ajustada. O jeito é esperar cerca de 90s após ligar o produto para não correr o risco de danificar seus tecidos.

Quando estiver usando o ferro é importante ter em mente que a região quente se concentra no topo (do dedo indicador à ponta). Abaixo desse nível as temperaturas da chapa caem consideravelmente, mais do que já visto nos outros ferros que avaliamos. Com uma chapa mais homogênea e quente, o processo também seria mais rápido.

Um ponto “positivo” do ferro permanecer em temperaturas mais baixas é o consumo de energia ser menor. Mesmo assim, não é tão expressiva assim. Comparado com o Vicini, de mesma construção, as diferenças citadas no controle de temperatura tornam o Elgin Iron Force Plus apenas 9% mais econômico. No dia-a-dia isso se traduz na economia de 1 centavo por hora quando estiver usando na temperatura máxima. Cravamos o consumo do ferro Elgin na temperatura máxima em 160Wh, cerca de R$0,12 por hora (Curitiba, 2023).

Registramos 1190W, próximo dos 1200W anunciados pela marca.

Segurança

As temperaturas externas do corpo se equiparam ao Vicini, variando conforme chegam próximo à ponta. O pegador se mantém em temperatura segura.

A base não é muito estável. A geometria curva na região promove apenas 3 pontos de apoio, e movimentos do cabo o fazem tombar.

Um ponto positivo que o Elgin possui acima do Vicini é o tempo de garantia, 12 meses ao invés de seis.

Conclusão

A construção idêntica e o controle de temperatura pior prejudicam o Elgin na comparação direta ao Vicini. Levando em consideração outros ferros, o Iron Force Plus pode ser uma opção para quem não é muito exigente e o encontrou por um bom preço.


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