Pontos fortes
Pontos fracos
A Mondial tem muitas opções de ferros de passar, até nos surpreendeu pela variedade de cores. No meio destes, o FSN-55 é o mais simples e o único que não possui vapor, mas isso não impede de ofertarem o modelo em Azul, Preto e Branco, como o avaliado aqui.
Este ferro a seco tem aparência mais avolumada com curvas sutis, quase retas em alguns pontos. O corpo tem uma única cor, e o branco fica bem monótono. Percebe-se uma variação de tom entre as peças da base. Isso se deve parcialmente ao fato do corpo plástico ser feito de PP, enquanto que a região próxima à chapa de aquecimento é de ABS para suportar as temperaturas altas. Apesar da mudança de plástico, há meios de tornar a mudança mais invisível.
O encontro entre essas peças não é ruim nas laterais, porém atrás há sobras. Uma terceira peça em PP fica no topo da empunhadura, e mesmo sendo do mesmo material do corpo, não tem junções agradáveis. Próximo ao cabo de alimentação e na empunhadura se encontram marcas de rechupes e sobras. O acabamento não é dos melhores.
O Mondial possui 11,5 centímetros da base até o topo da empunhadura, 10,3 centímetros de largura e 24 cm de comprimento da ponta até a parte de trás. Pesa 647 gramas, incluindo o cabo de alimentação. É um peso consideravelmente superior a outros ferros na mesma faixa de preço, esse fato vai agradar alguns mas não outros.
Um lado positivo do tamanho maior é a área da chapa também ser maior. Aqui registra 161 cm², cobrindo mais espaço que outros ferros equivalentes de valor mais baixo. A chapa de aquecimento não possui antiaderente, na verdade é de alumínio polido.
A ponta do FSN-55 não é tão pronunciada, porém consegue alcançar facilmente entre os botões de uma camisa. A chapa tem um formato em todas o seu contorno para não ir por cima dos mesmos. Se estiver passando, o movimento para quando encontrar algum botão.
O cabo de alimentação tem ótima extensão, 1 metro e 70 centímetros. A folga do cabo é decente, mas não se movimenta tão bem. A articulação se movimenta para frente e trás, mas não para os lados. Não há lugar para enrolar o cabo.
A empunhadura é roliça, talvez fique confortável se possuir mãos largas porém o público geral se beneficiaria de uma pegada mais esguia. É uma questão de conforto, a pegada não escorrega ou falha.
Logo abaixo da empunhadura encontramos o indicador de funcionamento em formato de gota vermelha. A iluminação é fraca fica mais visível vendo de frente, se olhar de lado numa sala bem iluminada não vai saber dizer.
O seletor de temperatura fica bem na frente, um disco com marcações levantadas. Essas marcações facilitam girar o seletor do Mondial com os dedos da mão que o segura enquanto ele está de pé numa superfície. O problema é que metade do seletor está emperrado, difícil de rotacionar. Não podemos afirmar se esse problema está presente apenas no ferro que avaliamos ou em todo o modelo, mas dificulta o uso. A temperatura selecionada fica marcada pela ponta do indicador de funcionamento.
São 6 opções de temperatura nomeadas de acordo com tecidos. Além dessas opções vemos “Máximo” e o “Mínimo”, que na maioria das vezes nem liga a resistência. A roda é dividida em intervalos, onde é possível parar em qualquer posição que deseje. O controle de temperatura é simplesmente um termostato mecânico, ligando e desligando a resistência para regular a chapa.
Esse Mondial consegue fornecer uma boa variedade de temperaturas, de 64°C a 143°C em média. Por outro lado, a temperatura sugerida para cada tecido está bem abaixo do que poderia ser trabalhado. Cada temperatura poderia estar por volta de 50°C mais quente do que o definido. O lado positivo é que há pouquíssima chance de queimar o tecido se usar o ferro adequadamente enquanto segue as indicações. O lado negativo é que o FSN-55 vai demorar mais tempo para passar suas roupas.
A precisão de temperatura também poderia ser melhor, com o liga e desliga da resistência encontra-se uma diferença de 18°C entre os pontos mais frios e quentes de cada ciclo. Esse valor apesar de alto, é visto novamente em ferros equivalentes a esse. Com uma precisão maior, o ferro entregaria resultados mais consistentes.
A metade de cima da chapa é consideravelmente mais quente que o resto dela. Isso se deve ao formato da resistência, que foca mais nesses pontos. No início do aquecimento, isso se torna bem perceptível, mas após alguns minutos a diferença diminui, apesar de permanecer presente. Quando for passar, se guie pela região a frente do seu indicador, assim aproveitará melhor as áreas mais quentes.
Não é necessário esperar muito após ligar o Mondial para começar a usá-lo. Mesmo que vá ligá-lo na temperatura máxima, partindo do frio leva menos de 2 minutos para estar quente. Após desligá-lo, tenha cuidado. O FSN-55 mantém a temperatura por um bom tempo, e pode demorar até 11 minutos para chegar a 60°C (temperatura mais segura).
A Mondial anuncia 1000W de potência e medimos próximo disso, 930W nos momentos em que a resistência está ligada. Definimos o consumo com base em testes práticos, onde a resistência liga e desliga com frequência. Por isso, estabelecemos o consumo próximo de 0,19 kWh, cerca de R$0,14 por hora de uso (considerando valores de Curitiba nov-2023) na temperatura máxima.
Falando em temperaturas do corpo, a ponta é a região mais quente externamente, podendo chegar próximo de 115°C. As laterais ficam quentes próximas à chapa, variando entre 75°C e 85°C. A empunhadura por outro lado permanece em valores bem próximos da temperatura ambiente, pode seguir usando por um bom tempo sem se preocupar.
Um ponto positivo do modelo é a base completamente plana, que deixa o produto estável quando levantado. É uma região larga que é suficiente para manter o ferro em pé sem perigo de tombar. O cabo de alimentação sai bem colado dessa base, e a princípio não parece a melhor região pelo perigo de uma torção fazer o produto tombar, mas isso não aconteceu. A folga do cabo é adequada.
O plugue possui 3 pinos. Sem aterramento foi possível observar uma fuga de corrente considerável, possível de ser sentida ao tocar. Não é algo perigoso que irá dar um choque grave, mas recomenda-se o uso em tomadas aterradas para prevenir qualquer beliscada.
Se encontram as versões 127V (avaliada aqui) e 220V. Este ferro Mondial não é bivolt. A Mondial fornece 1 ano de garantia.
Ferros não costumam ser produtos que demandam muita limpeza. Aqui vale observar o encontro entre as peças de plástico PP e ABS, a linha formada pelo design pode acumular poeira assim como o espaço formado para a chapa poupar botões.
Use apenas pano úmido pois o corpo é suscetível a riscos. Nunca limpe com o produto ligado na tomada e muito menos quente.
O Mondial FSN-55 se mostra como uma opção mediana entre os ferros de passar mais baratos, porém com bons pontos fortes e peculiaridades que podem atrair ou afastar dependendo do consumidor. Destacam-se nessas peculiaridades o peso e tamanho maior, e a possibilidade de uso em temperaturas mais baixas.
