Desempenho
Conforto Sonoro
Design e Acabamento
Usabilidade
Limpeza
Outros Pontos
Pontos fortes
Pontos fracos
A Continental está somente com um modelo de lava louças no mercado, a LC14S de 14 serviços com um corpo em cinza metálico.
O tamanho segue o padrão das lava louças de 14 serviços com 59,4 de altura, 84,5 de largura e 61cm de profundidade.
Pode ser assentada no piso ou pode ser embutida. Há dois pés na frente para fazer um leve ajuste, mas é somente para corrigir alguma imperfeição do piso.
A unidade inteira é de aço pintado prateado com uma pigmentação levemente bege. É bonita, mas diferente do inox ou do alumínio. O tom é fosco, e a cor bate muito bem com o painel e topo que são de outro material.
A borda do topo é plástica e o centro é um MDF com revestimento prateado, mais claro que o resto do corpo. A escolha de cores casa bem com o conjunto.
O painel é de plástico rígido pintado na mesma cor do corpo, e a interface é de acrílico preto. A comunicação segue o padrão de outros produtos da Continental: com a escrita em branco e alaranjado. Pessoalmente, a linguagem bem direta me agrada e descreve todas as funções direto no painel.
Os botões são todos push buttons (convencionais, precisam ser apertados), levemente salientados do resto do painel. São seis botões para programar o produto:
As indicações no painel são através de LEDs alaranjados e o display que indica tempo de ciclo, tempo remanescente durante o funcionamento e também auxilia para programar o adiamento do início. É possível adiar o início em até 24h, em intervalos de uma hora.
A saia embaixo é plástica com ótima pintura e bom acabamento. A porta é levemente menor que o corpo para que quando seja aberta ela vista por dentro do corpo. É um caminho diferente da EOS que deixou a porta levemente abaulada embaixo para fazer esse “deslize interno”. Esteticamente o caminho da Continental é mais interessante e mal dá para perceber a diferença de tamanho.
Na porta há um dispenser para sabão e um para líquido secante. É liberado o sabão poucos minutos depois do ciclo iniciar, similar à maioria das máquinas no mercado. Caso falte líquido secante o painel avisa. Por sinal, o painel também avisa caso haja falta de água ou caso seja detectado alguns tipos de falhas como bomba, vazamentos ou problema eletrônico.
A cavidade interna desta lava louças é de Inox nas paredes e topo, mas a base é plástica. O volume é em torno de 165L, similar ao tamanho da EOS.
São duas gavetas e dois aspersores. Os talheres são distribuídos em duas regiões: uma bandeja pequena na lateral esquerda do topo; e um cesto removível que pode ser colocado em vários locais da gaveta inferior. É mais simples que a EOS, com menos configurações ajustáveis.
A prateleira superior pode ser colocada em duas posições. Mesmo deixando a bandeja no ponto mais alto, ainda há espaço na prateleira superior para colocar copos bem altos! São mais de 20 centímetros de espaço. Isso é uma vantagem de não possuir a terceira gaveta.
A bandeja para talheres é alta, mas não é possível levantar muito par colocar xícaras abaixo dela. Seria legal se houvesse a opção de regular mais baixo, nesse caso teria um apoio extra nas paredes para usar peças maiores acima da bandeja.
Na prateleira inferior é possível baixar duas séries de hastes para facilitar o assentamento de panelas e outros objetos grandes.
O cesto é largo, com dois lados para armazenar talheres. Quando fechado é todo perfurado. Às vezes, dependendo do talher, ele não cabe nos furos então muitas vezes será necessário usá-lo aberto e ocupando assim um pouco mais de espaço. A vantagem é que o cesto pode caber em vários sentidos, entretanto pode ser chato de encaixar entorno das diversas hastes da prateleira inferior.
Algo que desagradou é a facilidade em que a prateleira inferior pode sair do trilho se não puxada reta. Os modelos da EOS e Brastemp são muito menos suscetíveis a descarrilhar.
A Continental declara o consumo de água e energia de cada ciclo em seu manual de instruções. Isso é ótimo para orientar o usuário. Executamos todos os testes na Harpyja, e levantamos consumos um pouco mais baixos de água e energia. Possivelmente porque nossos testes não são feitos com carga totalmente cheia.
Realizamos os testes com 6 serviços, são mais de 60 peças sujas sem sequer remover nenhum alimento dos pratos, talheres ou xícaras. Tudo fica seco antes de ir para a máquina.
O ciclo com o maior consumo de água e energia é o Intenso, demandando quase 17 litros de água e consumindo 1,14 kWh. Nesse ciclo a Continental se saiu muito bem na remoção das sujeiras. De toda a louça suja colocada na unidade, somente duas peças ainda ficaram com remanescente de alimentos. A nota ponderada do ciclo atingiu 90%, 5 pontos percentuais acima da EOS.
No ciclo Normal o resultado também foi muito positivo. Nesse caso ela consome perto de 20% a menos de água que no ciclo Intenso e a perda de desempenho foi perto de 6 pontos, o que em muitos casos já é o bastante para uma boa limpeza.
O ciclo que a lava louças Continental mais penou foi no ECO. Esta opção é consideravelmente mais econômica, gastando 45% a menos de água e de energia! Porém aqui o resultado caiu drasticamente, ficando mais de 15 pontos percentuais abaixo do Intenso. Ou seja, apesar de economizar, lava muito menos. Nesse quesito a EOS ELL14P economiza menos, mas entrega mais.
A função Extra Seco acrescenta poucos minutos aos ciclos e aumenta o consumo de energia em 0,1kWh. Para aqueles que buscam louça seca sem o líquido secante vale a pena. Além disso, nesse programa a lava louças ultrapassa os 70°C o que basicamente entrega a louça higienizada.
Por sinal, algo estranho aqui foi o ciclo Higienizar 70°C. Era para ser uma lavagem a 70°C graus, mas pelo o que observamos o ciclo é igual ao Extra Seco. Por sinal no painel nem é possível escolher os dois. Ou se escolhe a secagem extra ou a lavagem a 70°C. No mais está sendo mesmo somente um apelo de marketing.
Um dos pontos que incomodou na Continental foi o ruído. A chapa de inox atrás da unidade não tem nada para atenuar o ruído gerado pelos jatos de água que se espalham pela a área interna. Durante a lavagem chegamos a medir 65 dBA, mais de 10 dBA acima da EOS. A diferença é gritante! Segue abaixo o ruído da Continental lavando e depois da EOS.
Para aqueles que forem embutir a unidade, esse ruído será amenizado, pois a chapa traseira que gera a maioria do ruído estará isolada. Para aqueles que ainda tiverem frestas grandes no móvel, a contenção será pequena, mesmo com a chapa estando voltada para a parede.
O tempo dos ciclo ficaram próximo do declarado em qualquer programa utilizado, com pouca variação. A única exceção foi o Eco, que terminou cerca de 20 minutos antes do previsto.
O corpo da lava louças agradou, pois a tinta usada não deixa marcas de dedos com facilidade. O conjunto sempre aparenta estar limpo.
Vale cuidar com as frestas dos botões para não entrar água ou acumular sujeira. É um painel mais chato de limpar que o da EOS, por exemplo, que é inteiro com acionamento por toque.
Vale também cuidar quando limpando o acrílico, pois o plástico risca com facilidade.
O filtro de coleta de resíduos é fácil de ser removido e é possível desmontá-lo para limpar a tela por completo.
Na questão de segurança o produto não esquenta demais nas faces laterais ou frontal.
Ao abrir a porta, mesmo com as gavetas cheias, a unidade não irá tombar para frente. Tem um contrapeso considerável atrás que impede o movimento.
O cabo de alimentação é de bom tamanho, com mais de 1,4 metros. O plug da unidade é aquele convencional de 10A tanto na versão 127V quanto na 220V.
A Continental oferece 1 ano de garantia desde a data de compra do produto.
A Continental está entregando uma lava louças prática de utilizar com um design agradável. Seria interessante se as prateleiras tivessem mais versatilidade para acomodar melhor os pratos e talheres e o ruído alto foi algo que incomodou. Porém para aqueles que estão priorizando desempenho, este conjunto está atendendo muito bem. Vale botar na balança suas prioridades.