Desempenho e Funções
Conforto Sonoro
Design e Acabamento
Praticidade
Limpeza
Segurança
Outros Pontos
Pontos fortes
Pontos fracos
A linha Osterizer é um ícone da Oster, por ser baseado na versão original desde 1946. Seguindo essa mesma linha, a marca está agora com um modelo um pouco maior, mas ainda seguindo diversas das características físicas do modelo clássico.
O Osterizer Max possui duas versões diferentes mudando somente o tipo de seletor, sendo a versão comercializada no Brasil com um seletor giratório e na outra possui somente uma alavanca de velocidades (disponível para a venda somente fora do Brasil).
O design do corpo mantém a identidade da série dos liquidificadores Osterizer, com o corpo feito em metal e o desenho ondulado nas laterais. No topo do corpo há uma peça plástica que faz o encaixe da jarra. O encaixe dela com o metal é bom e a pintura em cobre é de ótima qualidade. No centro tem uma plaquinha metálica com a logo da Oster em prata, um destaque visual elegante.
Ao contrário do Osterizer clássico, que possui diversas cores, no Max a única combinação de cores disponíveis é essa cromada com cobre no topo. É um visual bem chamativo, mas ao mesmo tempo muito agradável. Tem uma linguagem mais “vintage” herdado do modelo clássico.
Quanto ao tamanho ele não é um liquidificador muito grande com cerca de 42 cm de altura por 18,5 cm de largura e 21,5 cm de comprimento. Fica somente dois centímetros mais alto que o Osterizer menor.
Um ponto de destaque neste Oster é o seletor metálico grande no centro do corpo. Além de chamativo, traz uma experiência mais agradável no uso: não risca com facilidade e tem suas posições bem definidas, garantindo ainda uma experiência de produto robusto antigo.
A indicação da velocidade selecionada fica presente em um anel ao redor do seletor, nele é possível encontrar de forma bem sutil os números que representam as velocidades. São 5 posições sendo as posições extremas para desligar o produto, e no centro três velocidades diferentes. É a mesma linguagem usada no Osterizer Classic.
Assim como o topo do corpo, a base também é feita em plástico, porém aqui não há pintura, somente a própria do material preto com acabamento fosco. Dá um contraste agradável com o cromado, e aqui também é possível encontrar 4 pézinhos largos de borracha. Esses pés garantem a estabilidade da unidade, até porque o produto não é leve, pesando ao todo 4,5 quilos.
O acabamento das peças é ótimo, o cromado do corpo é bem feito sem manchas ou marcas, as peças plásticas não possuem nenhuma deformação aparente, e dão a impressão de serem bem sólidas.
A jarra é de vidro e possui uma boa capacidade. Até a boca são quase 2,5 litros e no teste de transbordamento chegou até a marcação de volume máximo indicado na jarra, 1,75 litros.
Nas laterais se encontram 7 marcações de nível, começando em 250 mililitros até os 1750 ml de capacidade. Essas marcações são fáceis de identificar e possuem uma acuracidade razoável, com um erro máximo de 50 ml. A tampa é feita em plástico com um anel de borracha removível ao redor que veda totalmente a jarra. No centro há um pequeno copo de medida, provavelmente de acrílico transparente. No geral é uma tampa simples que cumpre o propósito, sendo fácil de tirar ou colocar na jarra. Seria interessante se fosse um pouco mais espessa, pois o copo tem somente 1,5 mm de espessura.
A base da jarra é removível, feita em plástico preto rígido (provavelmente PBT), que passa uma boa sensação de robustez. O conjunto de corte possui 6 lâminas sendo 2 pares menores e um par de lâminas grandes que ficam na horizontal. Todas as lâminas possuem uma boa espessura e sobreviveram muito bem ao teste com gelo sem sofrer nenhum dano aparente.
As lâminas grandes atrapalham um pouco quando desmontando a base, pois elas acabam encostando nas paredes de vidro na remoção. Junto com a base plástica uma borracha inclusa garante a vedação da base. Não é preciso apertar muito para vedar a jarra. Por sinal é até bom não exagerar, pois pode ser difícil afrouxar depois.
O encaixe entre a jarra e o corpo é feito de metal com metal, como em grande parte dos liquidificadores Oster. Apesar dessa área ser igual aos outros produtos, a largura da base do Osterizer Max é muito maior que os outros modelos de jarra de vidro da marca, que são intercambiáveis. Seria legal se a Oster fizesse uma peça para poder encaixar jarras menores neste modelo, deixando o conjunto mais flexível. Não parece algo complexo e que traria benefícios.
O desempenho do Osterizer Max é um dos pontos mais fortes do produto. A unidade é declarada com 1100W e entregou uma boa potência e desempenho na maioria das tarefas.
Quando moendo arroz para fazer farinha o conjunto se saiu bem, entregando cerca de 50% do peso inicial em forma de farinha. É 15% a mais que o Osterizer tradicional, mas não conseguiu bater o Kitchenaid K400.
Quando preparando suco de limão o resultado também foi bom, mas esperava-se mais. O Osterizer Max conseguiu picar grande parte do limão, mas deixando ainda vários pedaços pequenos na peneira.
Com líquidos mais viscosos, como massa de bolo ele foi bem, mas também poderia entregar mais. Ao preparar um bolo de cenoura ele bateu cenoura, manteiga e ovo em aproximadamente 40 segundos. Foi após adicionar a farinha que houve mais dificuldade para movimentar a massa. Não foi necessário usar a espátula, mas para conseguir garantir a movimentação foi preciso pulsar algumas vezes assim como manter somente em velocidades baixas para evitar bolhas de ar.
Por sinal é importante manter em velocidade baixa para evitar que a massa esquente. O atrito das lâminas em velocidade alta rapidamente aquece o líquido, podendo comprometer a massa.
Seria interessante se a Oster tivesse oferecido uma diferença maior entre as velocidades disponíveis. Há somente 23% de diferença da mínima para a máxima e muitas vezes se busca uma rotação mais lenta para garantir um controle maior na consistência de molhos.
A pasta de amendoim é um alimento que diversos liquidificadores mais simples não dão conta de mover os grãos o suficiente para atingir a consistência correta, e no caso do Osterizer Max foi possível realizar esse trabalho muito bem, atingindo a consistência de pasta em cerca de 4 minutos. O Kitchenaid K400 atingiu essa consistência em aproximadamente 3 minutos, porém em ambos produtos a quantidade mínima necessária para fazer pasta é de 300g já que com menos os grãos tendem a grudar na parede e sair do contato com as lâminas.
Um alimento no mínimo interessante que o Oster Max tem capacidade de preparar é o açúcar de confeiteiro, quando colocando 200g de açúcar ele entrega um bom resultado em 2 minutos de funcionamento.
No caso da pasta de amendoim e do açúcar de confeiteiro, embaixo das facas grandes houve pouco movimento, e nessa área o alimento não atingiu a consistência esperada. Consequentemente, quando misturando tudo que está dentro da jarra, esse remanescente do fundo pode comprometer o resultado como um todo.
O ruído do Osterizer Max acaba sendo semelhante aos outros modelos de acoplamento de metal com metal. É um ponto negativo que se propaga, chegando a bater 88 dBA na velocidade máxima e 82 dBA na velocidade mínima. É um ruído consideravelmente acima da média quando comparado a outros liquidificadores do mercado.
A limpeza geral é relativamente fácil de ser feita, o corpo pode ser limpo com um pano úmido e não possui muitos cantos de acúmulo. O que problema é que o cromado deixa marcas de dedos toda a vez que é tocado, ou seja, é uma limpeza constante.
A pintura em cobre é de ótima qualidade e não deixa marcas de dedos. Quando carregando, é a melhor área para manusear sem deixar marcas de dedos.
A jarra de vidro é ótima de limpar, sem grandes nervuras internas e tirando a base é possível fazer uma limpeza completa. A parte complicada está na base que não pode ser desmontada por completo. Além disso, há diversos cantos e vãos de acesso complicado.
Nesses últimos anos a Oster aumentou a segurança no encaixe da base das lâminas para evitar que essa peça pudesse girar sem a jarra sob o corpo.
Nessa versão nova a Oster colocou um sistema de segurança que permite ligar o motor somente se a jarra e a base estiverem devidamente encaixados. Sem isso o motor não liga. Além disso, a base possui uma segunda travinha que não permite que a jarra seja desrosqueada enquanto montada no corpo. Um ponto interessante é que esse sistema de segurança está disponível somente na versão comercializada no Brasil enquanto no restante do países segue o design simples dos modelos antigos.
Outro ponto importante de segurança está em utilizar o produto sem aterramento, pois com o corpo sendo de metal e com o banho de cromo (que também é condutivo), foi possível medir cerca de 40 Volts de fuga quando utilizado sem aterramento. Não é absurdamente alto, mas isso cai para praticamente 0 Volts quando utilizado em uma tomada aterrada.
O cabo de alimentação sai debaixo do liquidificador. Como os pés são altos, ali há uma boa folga que dá liberdade para direcionar o cabo para onde quiser. O cabo em si tem um tamanho razoável, 1 metro de comprimento e é de boa qualidade. O plug é de 10 amperes, mesmo em 127V.
A Oster oferece 12 meses de garantia no produto desde a data de compra.
A Oster conseguiu sanar neste modelo algumas das limitações do Osterizer Classic como o volume de jarra e a estabilidade do corpo. Mesmo com um desempenho superior, seria interessante se tivessem conseguido amenizar o ruído, pois hoje é um dos pontos mais complicados do Osterizer, e mantido a intercambialidade de jarras (ponto presente por toda a linha Osterizer até então). Ainda sim, para aqueles buscando um produto com aspecto robusto, bom desempenho e não se incomodam com marcas de dedos, pode ser um caminho interessante.
