Pontos fortes
Pontos fracos
A Progaga é uma marca chinesa focada em projetores próximos da linha de entrada se comparado com a ampla gama de preços presentes no setor. O PG550 é um modelo intermediário de toda a linha da marca, girando entre R$1000 e R$2000 reais.
Pelos modelos disponíveis em sua loja no Aliexpress, a empresa que produz os produtos Progaga também produz os modelos da Thundeal, pois há modelos iguais presentes nas duas marcas. Assim mesmo, pelo o que vimos o PG550W somente é distribuído pela Progaga. Por sinal, a empresa tem armazém no Brasil; mesmo obtendo o produto pela Aliexpress, a entrega será feita a partir de um galpão nacional.
O Progaga PG550 lembra um cubo com curvas laterais arredondadas. A unidade é uma mistura de plástico rígido pintado com metal. Toda a lateral e traseira são em plástico cinza metálico. A frente tem uma parte plástica e uma larga grade metálica pintada. O encontro das peças e tom de cor ficou ótimo, as transições entre materiais realmente não fica evidentes.
No topo há uma chapa grande de alumínio pintado com os botões de controle em uma área plástica. Nas bordas encontramos uma área nervurada em plástico preto. O acabamento é bom, sem deformações e ótimos encontros entre as peças.
Junto com a unidade acompanham um cabo de alimentação removível e um cabo HDMI, ambos com de 1,5 metros. O produto é bivolt e fácil para carregar, se torna um item facilmente portátil.
O projetor vem com uma tampa para proteger a lente que veste muito bem. É importante removê-la, pois assim que a unidade é ligada a lente se desloca para frente e empurra a tampa; sua presença pode forçar esse mecanismo. Por sinal, às vezes a lente não retrai depois de desligar a unidade e fica impossível encaixar a tampa. Uma falha de projeto que deveria ser contornada.
O último item incluso com o PG550 é um controle remoto pequeno e prático, similar a produtos como o Amazon Fire e o Xiaomi Box. A peça possui as funções básicas para acesso direto no controle, mas o que realmente acaba-se usando são os elementos de navegação para acesso a funções via o app.
A traseira concentra a saída de som e também as entradas e saída de áudio e vídeo. Essa área também agrada com serigrafia indicando o que é cada ponto de entrada e saída.
São duas portas USB, duas portas HDMI, uma entrada AV (audio/vídeo) e uma saída P2, para fones de ouvido estéreo. Há também um receptor IR para obter sinais do controle remoto. Por sinal há também um receptor IR na frente da unidade, ao lado da câmera para ajuste de foco.
Este Progaga PG550 usa a câmera frontal para realizar o ajuste de foco e também o ajuste de trapézio (ou ângulo). O ajuste de ângulo normalmente se torna necessário por projetar usando os pezinhos para conseguir apontar a unidade mais para cima. O processo é rápido e acontece sempre que a unidade é ligada ou movida de lugar.
É possível ajustar a altura da frente em 5° ou 10°. Não há ajuste fino aqui, o que é uma limitação. Poderiam ter feito algo com rosca para esse ajuste, como a Thundeal fez no TDA6.
A unidade trabalha com sistema operacional Android versão 9.0. Apesar de uma versão meio antiga do aplicativo, atende o propósito. A resposta do controle é relativamente rápida e é possível instalar grande parte dos programas de video usado no mercado atual.
Algo que incomodou foi a limitação de resolução disponível quando utilizando o YouTube. Apesar do projetor trabalhar com 1080p de resolução, o Youtube somente permitia colocar videos de no máximo 720p. Não ficou claro o motivo dessa limitação, pois usando uma Xiaomi Box através do HDMI o Youtube permitia resoluções maiores.
Os controles de brilho, contraste e cor são limitados somente para uso quando está se usando uma entrada HDMI. Infelizmente se está usando os apps no sistema operacional da unidade, não há muito o que fazer.
Este Progaga PG550 tem um bom brilho no centro de sua projeção, porém perde consideravelmente nos cantos. Chegou a ter uma diferença de quase 50% em alguns cantos comparados com o centro.
Para muitos isso pode não atrapalhar muito quando assistindo filmes, porém aqueles que já tiveram projetores no passado com um equilíbrio maior de brilho, perceberão a diferença.
Por sinal, fora o brilho também tivemos limitação de foco. Quando acertando o foco no centro, observávamos um desfoque nos cantos. Caso deixasse o foco nos cantos, o centro ficava desfocado. Para assistir filmes, essa configuração até que atende sem muitos problemas, porém se for fazer algum tipo de apresentação ou expor dados técnicos usando tabelas, vai ficar evidente e consideravelmente desagradável.
A cor também acabou deixando a desejar. No teste de RGB (vermelho, verde e azul) o Progaga PG550 teve uma variação grande no lado direito quando projetando a luz vermelha. Chegou puxar o tom para magenta ao invés do vermelho padrão. Segue abaixo a tabela considerando a cor esperada e a cor obtida.
A distância mínima de projeção ficou em torno de 1,1 metros. Isso é bem próximo, deixando a tela projetada com 21 polegadas. A Progaga alega que é possível projetar uma tela de 250 polegadas, mas nesse ponto a perda de contraste e brilho cresce demais. Se o ambiente for escuro o bastante, é possível projetar com um bom resultado até 150 polegas. Nessa condição os pixels ficaram em torno de 1,7 milimetros.
Este Progaga tem um baixo consumo de trabalho. Ficou em torno de 93W e mesmo quando aumentando as caixas de som não passou de 98W.
Por sinal, em relação ao som, a unidade ficou mais barulhenta do que esperavamos, com 41dBA. Vale deixar a unidade mais distante de onde o pessoal irá sentar para assistir. Se tratando de áudio de saída, as caixas atrás aguentaram bem até pouco mais de 35% da potência máxima. A partir desse ponto o som já começava a distorcer e vibrar o corpo da unidade. De qualquer forma, a amplitude sonora em 40% é alta, podendo tranquilamente ser comparada a de uma televisão comum. Analisando a resposta em frequência, há uma atenuação grande nos graves e uma atenuação leve nos agudos, dando mais ênfase para os médios, onde fica nosso espectro vocal.
Na questão de atraso de imagem, medimos uma média de 83 milissegundos de atraso. Não é significante para quem vai assistir um filme, mas é um atraso longo demais para quem pretende usar a unidade com um videogame. Quando se tratando de ghosting, não foi algo relevante assistindo a filmes pelo app.
A qualidade da tinta e materiais de seu corpo ajudam o projetor a evitar riscos. Por outro lado, a quantidade gigante de nervuras por todas as paredes acaba contribuindo em muito para o acúmulo de pó. Não parece ser um produto fácil de limpar.
A Progaga deixou dois pontos para acesso interno da unidade. Atrás do produto há uma porta, que pode ser aberta com uma chave de fenda. Ali é uma área de vidro por onde passa a luz. Presume-se que esse vão é para auxiliar na limpeza, mas não ficou claro.
Na parte de baixo é possível puxar o filtro lateral para uma limpeza. Essa área é interessante, pois com o tempo o ventilador de resfriamento do projetor pode acumular sujeira nas hélices sem um filtro na entrada. Ficou fácil de remover para manutenção.
Considerando o custo da unidade e o que entrega pode ser um produto interessante para aqueles que ainda não tiveram um projetor e buscam algo que entregue uma tela grande, agadável para assistir filmes. Para aqueles que já tiveram um projetor equilibrado no brilho e na cor, aqui é mais provável que o PG550 deixe a desejar. Assim mesmo, sua entrega é honesta em relação ao valor comercializado.
