Avaliação da Batedeira Simples Elgin Silver Blend | Harpyja

Avaliação

Cozinha Eletroportáteis Batedeiras

Desempenho

8.5

Design e Acabamento

10.0

Praticidade

7.6

Limpeza

7.5

Segurança

9.0

Outros Pontos

8.0

Nota Geral

8.6

Custo-Benefício

1

Pontos fortes

  • Materiais e construção boa
  • Movimento automático da tigela
  • Pegada ergonômica

Pontos fracos

  • Baixa variação de velocidade
  • Limpeza complicada
  • Necessita remover a cabeça da base para remover os batedores
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Avaliação da Batedeira Simples Elgin Silver Blend | Harpyja

Apesar de citada em muitos sites como sendo uma batedeira planetária, inclusive pelo site da própria Elgin, a Silver Blend é uma batedeira simples. Tanto a tigela quanto os batedores giram em torno de seus próprios eixos; diferente por exemplo da Arno Elipse que por mais que pareça uma batedeira simples, realiza o movimento planetário com seus batedores, criando uma cobertura de movimento maior.

Batedeira Elgin Silver Blend

Assim mesmo a Elgin Silver Blend tem um diferencial funcional, sua tigela rotaciona automaticamente para facilitar a mistura das massas. É algo interessante pois grande parte das batedeiras simples do mercado não giram mais a tigela por conta do atrito com a massa, e exigem o movimento manual do usuário.

Design e Acabamento

A Elgin Silver Blend tem um desenho peculiar, diferente das batedeiras do mercado. Uma mistura de cantos retos e arredondados. Na área frontal ela possui um LED azul que fica aceso continuamente caso a batedeira esteja ligada na tomada. Me lembra uma lanterna, particularmente falando, mas gosto é algo muito peculiar.

Batedeira Elgin Silver Blend

O corpo é feito de plástico rígido, material de qualidade superior a grande parte das batedeiras simples do mercado, além de uma chapa grande de inox no topo. A Elgin pintou de prata o pegador e os controles na área superior . Ficou visualmente agradável, mas como é uma das áreas de maior contato com o usuário, vai acabar tendo marcas de desgaste na tinta rapidamente.

A tigela é feita de aço inoxidável em duas peças: a tigela em si, e a peça inferior para travar a tigela na base. Assim mesmo não há marcas visíveis dentro da tigela da junção das duas partes. A tigela em si tem um fundo plano grande e 3,6 litros de volume. Poderia ser maior, pois grande parte das batedeiras simples no mercado tem em torno de 4 litros.

Tigela da Batedeira Elgin Silver Blend

A Silver Blend inclui dois pares de batedores, um deles é o padrão comum para bater massas leves, o outro par que parece um parafuso surge para as massas mais pesadas. Esses batedores por sinal são bem grossos, de boa qualidade. Todos são cromados, como a maioria dos batedores do mercado.

No geral o acabamento da unidade é bom, sem deformações visíveis no plástico, ótimo alinhamento e encontro entre as peças. Agradou a combinação de materiais e a qualidade da fabricação.

Usabilidade

Os controles ficam no topo da unidade com acesso através do dedo polegar. O acesso é fácil, mas o percurso é longo. Para selecionar entre a velocidade mínima e máxima, muitas vezes é necessário dar uma movimentada na empunhadura para fazer o percurso completo. Acima do seletor de velocidade tem o “turbo” que basicamente pulsa os batedores na velocidade máxima, e o último botão é para ejetar os batedores. Infelizmente esse botão não funciona apropriadamente. Exige uma força muito grande para acionar, sendo muito mais fácil arrancar manualmente os batedores.

Quando montada é possível erguer os batedores como em uma batedeira planetária, apertando o botão lateral e erguendo a cabeça. Os batedores ficam em uma boa altura, é possível remover a tigela sem precisar curvá-la demais para tirá-la da base.

Batedeira Elgin Silver Blend

O encaixe da tigela é simples, mas dependendo de como se remove ele parece travar na base. É uma questão de jeito. Por sinal, também é preciso um pouco de organização para tirar a cabeça da batedeira para uso em modo manual.

Encaixes e batedores

Para remover o corpo da base, aperta-se um botão que fica na parte traseira próxima ao pescoço. Após apertar o botão, caso os batedores estejam encaixados, é necessário mover a batedeira para cima e depois puxá-la para frente. Caso contrário ela fica presa pela engrenagem presente nos batedores.

Por sinal, é importante citar esse detalhe dos batedores. Por mais que visualmente os batedores encaixados parecem iguais, quando soltos um deles possui uma engrenagem plástica que é responsável pela transferência do movimento para a tigela inferior (por diversos mecanismos mecânicos não visíveis, exceto o arraste que faz a conexão entre a base e cabeça).

Batedeira Elgin Silver Blend

Essa engrenagem nos batedores está presente tanto no batedor comum como no batedor para massas pesadas, e o encaixe dos batedores impede a inversão.

Batedores da Batedeira Elgin Silver Blend

Batedores da Batedeira Elgin Silver Blend

Algo que incomodou nessa engrenagem, é que ela obriga o usuário a ter que tirar o corpo da base toda vez que precisar remover os batedores. Como a engrenagem é maior que o espaço para passar o batedor, só é possível remover o batedor com engrenagens ao separar o corpo.

Modo Portátil

Quando trabalhando com o corpo solto, a empunhadura é ótima. O equilíbrio da batedeira também é bom. Além disso, como a parte traseira dela é plana e larga, a cabeça assenta muito bem sobre uma bancada. Para quem tem o costume de deixar os batedores descansando na tigela, é possível caso essa esteja desacoplada da base.

Vale somente lembrar que o corpo não é muito leve, pesa quase 1,1 quilos. Grande parte das batedeiras simples está com um peso consideravelmente inferior.

Desempenho

Apesar de ter cinco opções de velocidade, a variação da mínima para a máxima é muito pouca, em torno de 16%. Somente para comparar, a Mondial Bella Massa tem quase 30% de diferença da velocidade mínima para a máxima.

Isso acaba refletindo na hora de preparar alimentos que usam farinha como ingrediente, pois a velocidade mínima ainda é alta demais e espalha muito pó para fora da tigela no início do processo.

Mesmo com velocidades altas e seu movimento de tigela automático, para bater claras em neve a Elgin precisou de ajuda. Como os batedores dela ficam um pouco distantes do fundo da tigela, que é plano, mesmo ao bater três claras foi preciso dar uma forçadinha no corpo para baixo para que acelerasse a movimentação das claras. Quando fazendo com somente duas claras, pelo tempo que levou praticamente daria para dizer que não deu certo.

Quando preparamos massa de bolo, a movimentação foi boa. A rotação da tigela ajudou a homogeneizar a massa. Porém ainda assim havia uma distância dos batedores até a parede, e com isso foi necessário trabalhar com espátula para trazer alguns ingredientes para misturarem. O resultado foi bom, mas esperava-se mais pela tigela estar sempre em movimento. Algo que com leves ajustes de projeto se resolveria.

O que agradou foram as dimensões dos batedores de massas leves, o diâmetro e a altura tem um tamanho bom para proporcionar mais movimentação da massa. Para quem quer preparar mais de 1 quilo de massa, esta batedeira Elgin irá entregar um ótimo movimento. Por sinal, a unidade é declarada com 500W de potência e nos testes realizados aqui tem potência de sobra para trabalhar com ela cheia se precisar.

Quando utilizando os batedores para massas pesadas, não foi possível obter o ponto da massa de pão mesmo trabalhando aos poucos e reorganizando a massa várias vezes. Após muitas tentativas, foi necessário concluir o trabalho em uma batedeira planetária.

Na questão de ruído, a batedeira Elgin Silver Blend teve um resultado razoável. Não ficou entre as mais silenciosas, nem entre as mais barulhentas. Ficou em média por volta de 72dBA.

Limpeza

Apesar de suas diversas peculiaridades na usabilidade, é na limpeza que a Silver Blend penou mais. Além de não ter uma velocidade lenta de partida, assim que ela levanta farinha o respiro do motor vira quase um coletor, pelo local onde está. São diversas frestas ao redor do LED frontal.

Logo após algumas utilizações da batedeira, essa área já tinha uma certa quantidade de farinha acumulada. E precisou de uma escovinha para limpar.

Limpeza da Batedeira Elgin Silver Blend

Fora isso, é uma batedeira repleta de junções. Seja do corpo com a base, e suas muitas frestas, ou ao redor do pescoço. Mesmo a Elgin tendo feito um bom trabalho nessa articulação, vale cuidar para não trazer sujeira para dentro do pescoço.

A tigela também tem um ponto de acúmulo na junção da parte superior com a inferior. É pouco, mas novamente demandará uma escovinha. Além disso, a base é uma vala grande para encaixar a tigela, e é mais um ponto de limpeza chata.

A vantagem é que o corpo rígido não demonstra riscos com facilidade, e a tigela de inox escovado pode ser lavada até na máquina de lavar louças sem problemas.

Segurança

O cabo de alimentação tem um leve alívio no topo. Seu local é bom, não fica em contato com a mão do usuário e também não atrapalha quando deixando o produto em pé. Somente seria melhor se fosse um pouco mais longo, tem 98 centímetros de comprimento.

Na base dessa batedeira há diversos pés de borracha, com ventosas. Em uma bancada lisa, de pedra por exemplo, ela gruda muito bem, exigindo força para desprendê-la. As ventosas não funcionam se a superfície for levemente rugosa, mas ainda assim é um produto equilibrado. Não irá tombar para trás caso as ventosas não estejam atuando.

Base do Batedeira Elgin Silver Blend

Não há nenhum mecanismo de desligamento caso os batedores sejam erguidos enquanto a batedeira estiver montada.

É um produto que vem sem o pino de aterramento e realmente mostra que não precisa. Nenhuma das partes demonstrou fuga de corrente.

Esta batedeira possui um ano de garantia pelo fabricante desde a data de compra.

Conclusão

Apesar de sua tigela com rotação automática, a Elgin Silver Blend não impressionou com seus resultados enquanto montada. Em seu modo portátil agradou mais, mesmo sendo pesada é uma batedeira ergonômica para trabalhar. Faltou qualidade de projeto para garantir melhor usabilidade e facilidade de limpeza. Na questão de acabamento, agradou até pelo valor que se encontra no mercado. Resta saber se o somatório agrada o consumidor.


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