Desempenho
Conforto Sonoro
Praticidade
Design e Acabamento
Limpeza
Segurança
Robustez Aparente
Outros Pontos
Pontos fortes
Pontos fracos
Olhando de relance ela parece uma batedeira comum. É só quando vemos ela em funcionamento que fica claro de que é uma batedeira planetária. Faz um bom tempo que a Arno possui este modelo no mercado com o nome de Arno Elipse (SX60). Recentemente decidiram relançar com um novo nome, a Arno Essencial (SX70). A mudança de uma para a outra está somente na tigela, onde na Elipse a tigela é transparente em SAN (plástico rígido) e a versão nova é uma tigela branca de polipropileno (PP). Considere então esta avaliação para qualquer uma das duas batedeiras, pois ambas podem ser encontradas nas lojas
A estrutura da batedeira é inteira plástica, até mesmo a parte superior próxima dos batedores. Parece metal, mas é um plástico camuflado. Independente do material usado, o acabamento é ótimo, realmente passa a impressão de metal. A estrutura plástica é em ABS, um plástico mais rígido que o PP. Ele mantém a estrutura do produto com uma impressão mais robusta que o polipropileno.
O produto vem somente com os batedores básicos, parecidos com os batedores de uma batedeira simples. O cabo de alimentação sai do meio do corpo (próximo do motor), como em batedeiras simples, mas a diferença aqui é que não é possível remover a cabeça para bater em modo portátil.
O seletor de velocidades fica no topo da batedeira. É um seletor bonito e com um acabamento emborrachado, muito agradável.
Há 5 velocidades disponíveis. Apesar de todas as posições trazerem uma mudança significativa na velocidade, a mínima é ainda muito veloz. Para uma planetária esperávamos uma variação mais atraente para o consumidor. Há batedeiras simples com velocidades de partida mais lentas que esta planetária.
Somando sua velocidade mínima agressiva, sua tigela rasa (com 3,4 litros) e a ausência de uma tampa ou aparador, a Arno Essencial ou Elipse acaba espirrando ingredientes para fora da tigela com muita facilidade.
Por outro lado, sua eficiência para bater massas leves e médias é impressionante. A velocidade máxima é mais alta que a maioria das batedeiras simples. Os batedores são largos e com um diâmetro grande. A translação e rotação em seu próprio eixo cobrem a tigela rapidamente. Esse somatório de ações faz com que a Arno Elipse ou Arno Essencial acertem o ponto de um suspiro em menos de 4 minutos do começo ao fim da receita!
O problema é que ela não vai bater massas de pão, massas de pizza. O máximo é bater de repente uma massa de bolo um pouco mais densa, como uma cuca (cuque). Para uma planetária isso é uma limitação em tanto.
A batedeira é um pouco barulhenta, sua amplitude fica próxima a batedeira simples Arno Facilita, perto de 77dbA. Há planetárias mais barulhentas, como a Cadence Orbital e menos barulhentas, como a Mondial Profissional Eletrônica.
A falta de uma velocidade lenta ajuda a acumular farinha em lugares indevidos. Há frestas em vários cantos que acumulam sujeira e podem aos poucos acumular em áreas de pouco acesso (engrenagem, dobradiça da cabeça).
A base é oca, mas não é possível mergulhá-la na água como é possível fazer com as batedeiras simples. No geral sua área externa é fácil de limpar. O ABS suporta melhor os riscos então a batedeira mantém uma cara de nova por mais tempo quando comparada com batedeiras em polipropileno (material da maioria das batedeiras simples).
A Arno Essencial ou Eclipse desliga seus batedores assim que a cabeça é erguida. Quando abaixada a cabeça, se estiver selecionada uma velocidade ela irá ligar automaticamente de volta.
Os pés são um pouco melhores que as batedeiras simples, mas são inferiores as planetárias do mercado. Em algumas situações chegamos a vê-la andando um pouco.
O cabo de alimentação é de ótimo tamanho, mais de 1,3 metros! A saída na lateral do produto não agrada, mas não traz nenhum impacto para a segurança. Só podiam ter colocado um alívio no cabo para evitar danos quando puxado indevidamente.
Não fizemos testes de vida útil com o produto, mas podemos trazer algumas observações devido as peças usadas e sinais de uso nas semanas que usamos.
Pode-se dizer que a estrutura é mais robusta que uma batedeira simples, mas quando comparada com uma planetária típica do mercado como a Philco PHP500 ou a Oster Perform, a Arno Elipse aparenta ser bem mais frágil. Principalmente a conexão da cabeça com o motor. Toda a estrutura é plástica. Quando mexendo parece ser fácil de quebrar.
O sistema planetário demonstra estar bem dimensionado. Nos testes que fizemos raramente vimos massas que demandaram mais de 75% da potência nominal. A vantagem aqui é que o produto é feito para trabalhar com massas médias ou leves e com isso, é com pouca frequência que será submetido a muito esforço.
Se está busca uma batedeira para fazer coberturas e bolos médios com eficiência, ela não vai te decepcionar, pois está bem acima da média neste quesito. Porém a tigela é pequena, o que limita o tamanho das receitas. Para aqueles que querem uma batedeira versátil, este não é o caminho, pois massas pesadas estão fora de cogitação.
