Desempenho
Design e Acabamento
Praticidade e versatilidade
Limpeza
Segurança
Outros Pontos
Pontos fortes
Pontos fracos
Ao procurar por chaleiras elétricas no mercado você vai encontrar muitos modelos similares. Alguns completamente idênticos, mudando apenas a marca (como a Britânia e Lenoxx avaliadas no passado). Apesar da Oster também ter um modelo mais genérico, que lembra uma chaleira da Midea, a marca conseguiu identidade própria com este novo modelo com painel touch e corpo preto, a OCEL920.
A característica mais marcante da Oster Black com certeza é seu painel. Os detalhes em LEDs brancos no corpo preto dão um grande contraste, além de serem complementados com linhas singelas em inox ao redor da tampa e em plástico cromado na base. Quando desligada a unidade parece uma chaleira preta comum, pois a casca que esconde o painel é um plástico translúcido escuro
A alça é também em plástico lustroso, larga e com boa ergonomia. No topo está o botão que abre a tampa, com um leve aperto já libera a trava e abre a tampa em torno de 33°. É possível abrir a tampa até 74°, mas para isso é necessário deslocar manualmente. É algo positivo, pois muitas vezes após ferver água o vapor se condensa na tampa aberta demais e acaba pingando onde não deve. Dessa forma as gotas voltam para o interior da chaleira.
É uma chaleira grande com 27,8 cm de altura, 15 centímetros de largura e 21,3 cm de comprimento. O acabamento é de ótima qualidade, com um bom encontro entre as peças de plástico e metal. Há somente leves deformações na alça, mas são pouco perceptíveis.
Redonda e lustrosa, a tampa porta o símbolo da marca em branco no centro de seu exterior preto. A área interna dela é feita de aço inoxidável polido. Por sinal, o interior todo da Oster Black é de aço inox. Vale um destaque extra aqui, pois diferente de todas as outras chaleiras que já havíamos testado, a área interna desta Oster é feita em uma peça só, sem nenhum encontro de peças dentro da cavidade. As outras chaleiras tem uma chapa no fundo unida com a chapa das paredes.
Visualmente agrada além de dar mais robustez e facilitar uma limpeza profunda. A área interna do bico também é de inox, e essa sim é uma peça extra. Há uma restrição através de furos da área interna para a pesagem pelo bico. O inox na área interna e no bico são escovados. Por sinal o escoamento do bico é bom, não escorre líquido na área externa depois de servir.
O único ponto que não é de aço inoxidável dentro da chaleira é onde fica o sensor de temperatura, possuindo um borracha de silicone ao redor. É sutil, mas é evidente.
Outro destaque da Oster Black OCEL920 é seu diametro da boca, que chega a dar quase 12 centímetros (11,8 cm). É a maior que vimos até o momento.
A capacidade mínima dela é de 0,5 litros e a máxima é de 1,6 litros. Não há marcação de volume exceto a marcação de máximo e mínimo. É uma chaleira mais pesada que a média, com mais de um quilo vazia e chegando perto de 3 quilos quando no volume máximo. Caso deseje usar o produto somente para transportar água é possível colocar até 2,2 litros até a boca.
O painel ocupa um bom espaço no centro do corpo quando ligado. O display de sete segmentos (como é chamado pelo número de barras) é gigante, de fácil leitura até a metros de distância (algarismos de mais de 3 centímetros de altura). Além dos números o produto oferece a seleção de 4 temperaturas visíveis no display: mamadeira com 40°C; Chá com 60°C; Café com 90°C; e a opção padrão de fervura.
O menu das temperaturas é percorrido pelos botões de Mais (+) e Menos (-). Ficaria mais intuitivo se tivessem usado setas, mas assim que usando algumas vezes acostuma-se com a ideia.
No painel também há a opção para “Manter aquecido” o líquido. Nessa condição a chaleira irá bater a temperatura desejada e depois disso, manter naquele estado. É algo interessante, pois a maioria dos produtos desliga assim que atinge a tempratura.
Vale somente cuidar para não ligar essa opção e botar o produto para ferver sem dar atenção, pois seria como se tivesse deixado a boca do fogão ligada. Pense no consumo e na água evaporando à toa!
A base é simples e similar às chaleiras que já testamos, feita também em plástico preto polido com o conector elétrico no centro. Embaixo possui a saída do cabo de alimentação junto com um porta fio, o cabo possui 71,2 cm e não é muito grosso; fazendo com que não seja tão ruim de enrolar no porta fio. Apesar de simples, ela funciona bem.
A versão testada aqui é a de 127 volts e possui a potência declarada de 1200W, enquanto a versão de 220V possui 1850W de potência. Por conta disso a versão em 220V provavelmente terá um aquecimento muito mais rápido. A vantagem aqui é que possui um plug de 10 amperes para 127V e 220V (pontas finas que entram em qualquer tomada).
Para aquecer 1 litro de água ela não foi uma das mais rápidas que já testamos, entregando a fervura em um pouco menos de 5 minutos. Produtos como a Midea de 1,7 litros com 1600W foi possível ferver o mesmo volume em 3 minutos. Porém se compararmos a Oster com outros produtos de potência equivalente, seu tempo de entrega está muito próximo a seus concorrentes.
Quanto ao consumo, praticamente todas as chaleiras que testamos possuem um consumo muito próximo umas das outras e aqui não é diferente, ela consumiu cerca de 94W quando fervendo 1 litro de água.
Um ponto muito positivo está na contenção de temperatura. Por conta de possui duas camadas ela diminui a troca de temperatura com o ambiente. Ela conseguiu manter a temperatura acima de 60°C após atingir fervura por quase uma hora e quarenta minutos. Atualmente é a chaleira elétrica com a melhor contenção de temperatura de todas já testadas na Harpyja.
A seleção de temperatura também funciona muito bem, podendo escolher 4 temperaturas diferentes: 40°C, 60°C, 90°C ou fervura (que varia de acordo com a altitude, mas no nível do mar será 100°C). O produto tem ótima acuracidade com erro máximo um erro máximo de 2°C na temperatura de entrega. Para aqueles que buscam preparar chás (branco, verde e preto), infelizmente aqui não é possível escolher temperaturas entre 60°C e 100°C. É um limitante do conjunto quando comparada com a chaleira com controle de temperatura da Britânia avaliada no passado.
Quando utilizando o modo para “Manter Aquecido” o controle de temperatura também foi ótimo, tendo uma variação na temperatura desejada em torno de 3°C em torno da referência, por ficar ligando e desligando a resistência no processo de controle.
É comum as chaleiras elétricas produzirem sons durante a fervura e aqui também não é diferente, ela se manteve bem próximo de todas as chaleiras que já testamos com cerca de 57 dBA. Esperava-se uma queda maior devido as duas camadas, mas não foi o ocorrido.
A Oster Black não possui muito segredo quanto a limpeza, no geral é um conjunto bem fácil de limpar, o corpo plástico tende a ficar bem marcado com digitais, mas não ficam tão aparentes quanto em chaleiras que possuem o corpo em inox. É importante fazer a limpeza externa somente com o uso de um pano úmido e sem nada abrasivo, pois o corpo plástico pode riscar com facilidade.
Como a construção interna é inteira em inox sem emendas o processo de limpeza também não é complicado. A tampa dá abertura o suficiente para passar a mão e lavar, só é necessário tomar um pouco de cuidado com o sensor de temperatura que se encontra no fundo, porém ele é bem rígido e não vai se danificar com tanta facilidade.
Há somente um ponto de acúmulo significativo. Na dobra do topo do topo acima do bico há uma curvatura sem acesso. É pouco provável que se suje ali, mas caso ocorra o único meio é através de escovinha.
Apesar de sua área interna ser inteira de inox, a Oster recomenda somente esquentar água dentro do produto, diferente de outro modelo deles que pode-se esquentar água com chá.
De todas as chaleira que testamos até o momento esta é a que manteve a menor temperatura no corpo, ficando totalmente abaixo de 50°C, com exceção de alguns pontos próximos à abertura da tampa onde (por conta do vapor d'água) a temperatura ficou próxima de 70°C.
Os 3 pezinhos de borracha na base dão uma boa estabilidade para a chaleira quando assentada. Um ponto positivo é que o fio elétrico não é tão rígido quanto alguns outros produtos que já testamos, então mesmo sem a chaleira sobre a base, o fio não tende a movimentar a base à toa.
Quando encaixada a chaleira, o produto tem uma leve folga, não é nada que desestabilize a unidade, mas poderia ter um encaixe melhor. Seria bom se o cabo fosse um pouco mais longo que seus 70 centímetros.
Algo que agradou na questão de segurança é a tampa abrir suavemente os 30° ao apertar o botão para abrir. Vários produtos abrem 90° com uma mola forte e por isso pingam água sobre o corpo e até podem espirrar em objetos ao redor.
Caso a Oster Black seja ligada sem água ela rapidamente desligará o circuito completo por segurança. Até pode passar a impressão de que a unidade estragou, pois nada acende. Nesse caso para voltar a funcionar, basta retirar e conectar a chaleira na base, liberando o circuito para ligar novamente.
O comportamente é mais seguro que o visto em outras chaleiras (como a Britânia com controle de temperatura). Na maioria dos modelos o aquecimento é temporariamente desligado, mas a unidade continua tentando ferver a água inexistente. Aqui não tem esse perigo do chaleira ficar tentando ferver sem parar.
A chaleira elétrica Oster Black OCEL920 possui um ano de garantia pelo fabricante desde sua data de compra.
A Oster Black é uma chaleira que se destacou pelo design, principalmente pelo seu painel digital por toque de fácil utilização e um ótimo isolamento térmico, tornando-a mais segura ao toque. Não é das mais rápidas na fervura, mas é um produto bem interessante. Vale ressaltar que para aqueles buscando temperaturas específicas, ela pode ser um produto limitado.
