Avaliação de Liquidificador Electrolux Experience | Harpyja

Avaliação

Cozinha Eletroportáteis Liquidificadores

Desempenho e Funções

6.2

Conforto Sonoro

7.4

Design e Acabamento

8.3

Praticidade

8.1

Limpeza

7.2

Segurança

8.8

Outros Pontos

6.8

Nota Geral

7.4

Custo-Benefício

1

Pontos fortes

  • Base das lâminas removível e fácil de limpar
  • Jarra de vidro com 1,6 L de volume útil
  • Resultado bom para grãos secos

Pontos fracos

  • Precisa de força para abrir a tampa
  • Não tritura gelo muito bem
  • Baixa variação de velocidade
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Avaliação do Liquidificador Electrolux Experience EBS30 | harpia

No momento a Electrolux está com dois liquidificadores no mercado: esse Experience, e o Expert (de mais alto padrão). As diferenças além de estéticas incluem o aumento na capacidade anunciada da jarra, de 1,5 L para 1,75 L; e opções programadas para vitaminas, sopas e triturar gelo.

Comparação com Liquidificador Electrolux Experience

A marca faz parte do seu marketing em cima da tecnologia TruFlow que melhora o corte, porém é difícil apontar qual o propósito exato, já que as imagens nos produtos se confundem. No Expert é citado o conjunto de motor, jarra e lâminas como responsáveis ??pelo efeito, porém os componentes são outros para o Experience, que também tem TruFlow. Para completar a confusão, o misturador EIB10 também alega ter a tecnologia apesar da construção fundamentalmente diferente. Não se sabe muito sobre TruFlow, mas o objetivo central parece ser favorecer a mistura dos alimentos, de alguma forma.

Liquidificador Electrolux Experience

Projeto

O design do corpo é bem simples, mas agrada. A peça central é de inox, e fica levantada da mesa pela base plástica em grafite fosco. No topo uma outra peça plástica em preto lustroso ostenta a logo da marca e promove o encaixe da base com a jarra.

Base do Liquidificador Electrolux Experience

A seleção de velocidades é feita por um botão largo no centro do corpo, decorado suavemente e na mesma cor das peças plásticas. O acabamento é bom, assim como o restante das peças. Girar o seletor é um movimento suave com resposta imediata. As posições de velocidades estão bem demarcadas por cliques e há folgas ajustadas em cada posição.

Uma linha lisa no centro do botão indica a opção atual, assim como uma marcação em branco na borda. Os números aparecem em cinza no corpo em posições correspondentes às apontadas pelo seletor. O ponto fraco é a leitura: por conta da escrita fina e cor próxima do metal, muitas vezes o reflexo do corpo ofusca os números. O mesmo acontece com os detalhes logo abaixo do seletor, a escrita se torna completamente imperceptível dependendo do ângulo.

Seletor do Liquidificador Electrolux Experience

Jarra e Lâminas

O Electrolux Experience tem uma jarra de vidro de 6mm com lâminas removíveis. O desenho da jarra acompanha a simplicidade do corpo, uma estética bem mais limpa. Se for comparar com modelos como os da linha Osterizer , percebe-se uma diferença considerável no nível de detalhes. A alça é bem semelhante ao Electrolux Expressionist BLP50 , e há ergonomia suficiente para suportar e carregar peso. Por sinal, por ser totalmente de vidro a jarra é mais pesada, são 1,6 kg; se para considerar o peso completo do produto, temos 3 kg.

Comparação de jarra com o Liquidificador Electrolux Experience

A tampa é de plástico rígido, totalmente fechada e com 2 abas para facilitar a abertura. A vedação é feita por um anel removível de borracha, e muito bem feita por sinal. Nos testes de transbordamento o resultado foi praticamente perfeito. O efeito de vedação acaba até dificultando a abertura e fechamento da tampa, na maioria das vezes é necessário fazer bastante força para conseguir abrir ou fechar corretamente. Essa questão veio verificar conforme utilizamos o Experience, mas ainda assim o movimento pode ser brusco pela força necessária e derramar líquidos da jarra.

Tampa do Liquidificador Electrolux Experience

A vedação da tampa garante o volume útil de 1,5 litro anunciado pela Electrolux. Mesmo passando um pouco dessa marca, não deve haver problema. Caso haja um volume muito grande na jarra, indícios de vazamento devem começar a aparecer em torno da tampa dosadora.

De acrílico, a tampa dosadora fica rosqueada bem no centro da tampa e possui uma marcação precisa de 50ml. A precisão ficou aqui infelizmente não se mantém para o resto da jarra, e a diferença nas marcações de volume é considerável. Nos níveis mais baixos (300 e 600 mililitros) o erro é baixo, mas aumenta até o máximo de 85ml. Talvez não desande sua receita, porém não é tão boa assim.

Medidor do Liquidificador Electrolux Experience

Como dito anteriormente, a lâmina é totalmente removível. Na verdade, ao desrosquear da base da jarra, percebe-se que são 3 peças distintas.

A parte externa serve apenas para o contato com a jarra, é de um plástico rígido que também promove um trabalho no corpo. Uma seta indica a posição correta para o trabalho da jarra.

Liquidificador Electrolux Experience

A segunda peça é o próprio conjunto de lâminas, são 2 pares lisos e de pontas arredondadas.

O último componente é a borracha de vedação, impedindo que vaze por baixo. A proposta é aproximada com o Electrolux Expressionist BLP50 , porém com design mais acessível para limpeza.

Lamina do Liquidificador Electrolux Experience

desempenho

As cinco velocidades compreendidas pelo Experience totalizam 23% de variação. A mínima registra 16800 RPM (rotações por minuto), e a velocidade máxima 21900 RPM. A flexibilidade não é tão grande quanto o esperado, porém com cada opção sendo suficientemente distinta da anterior há oportunidade de definir a velocidade mais adequada para cada receita. Em velocidade de rotação, este modelo da Electrolux está num intervalo próximo da maioria dos outros liquidificadores, porém suas velocidades máximas são mais altas que alguns modelos.

Gráfico de variação de velocidade do Liquidificador Electrolux Experience

O corte seco deste liquidificador da Electrolux é competente. Testando com grãos, tivemos um resultado positivo com cerca de 35% virando farinha e apenas 16% não sendo moído. No geral, o resultado é bem próximo de alguns modelos da família ProBlend da Philips Walita, como o RI 2136. Apesar de demorar alguns segundos a mais para entregar a mesma quantidade de farinha que alguns ProBlend, a quantidade entregue já é boa e o corte geral é mais bem distribuído entre os grãos.

Tabela de eficiência do Liquidificador Electrolux Experience

Ao lidar com alimentos macios, o Experience consegue triturar bem leguminosas e deixa poucos pedaços pequenos. O problema é se pretender bater bolo, a parte líquida é bem batida, porém o acréscimo de alimentos como farinha dificultam o trabalho do liquidificador (o que é comum na categoria). Conforme mais farinha vai sendo adicionada, o produto apresenta dificuldade para movimentar com eficiência o alimento e demanda cada vez mais potência do motor.

A unidade é declarada com 700W, e no geral o dimensionamento é bom. Mesmo com alimentos pesados ??no interior, não passaram de 400W; isto é, até o teste com massa de bolo. Durante o teste nós forçamos o motor, deixando bater a massa na velocidade máxima em alguns intervalos rápidos. Nessas situações a potência subiu muito, passando do valor declarado e se aproximando dos 800W. Deu para perceber que era difícil para o produto, que começou a cheirar a fumaça queimada. Após certo tempo com a farinha já misturada ao resto da massa, o movimento na jarra foi mais suave.

É possível fazer em velocidades mais baixas, e quando utilizamos a velocidade mínima, observamos uma potência bem menor e confortável nos limites do produto. Apesar das dificuldades, bater massa de bolo em liquidificadores é “indevido” de certa forma, ainda mais em velocidades. Muitos modelos (até mais completos que o Experience) sofrem no processo em altas velocidades. O teste também serve como um alerta sobre os limites do produto, e aponta que usar velocidades mais baixas em massas é necessário se precisar usar o liquidificador desta forma.

Testando com líquidos, o corte não foi tão eficiente. Ainda sobrou um bom número de pedaços maiores da fruta. Nenhum foi particularmente grande, mas o tamanho já era perceptível e maior que o desejado. A homogeneidade do corte é boa, porém vale deixar por um tempo a mais para garantir que o corte seja mais fino. Um dos motivos para a queda na qualidade deste teste pode ser o fato da jarra ser larga na base. Se pretende lidar com sucos e vitaminas com frequência, jarras mais afuniladas em direção às lâminas costumam ir melhor.

Se os preparos que irão fazer terão muito gelo, frutas congeladas ou polpas, saiba que nesses casos o Experience não se sai tão bem. Talvez pelos mesmos motivos do formato da jarra, mas o corte feito não é tão eficaz. Ao triturar gelo, ainda sobraram alguns cubos maiores que não foram bem picados pelas lâminas. Os cubos que foram moídos se transformaram em lasquinhas bem pequenos, porém não chegaram a virar neve, como acontece em alguns modelos ( RI2244 sendo um exemplo).

Triturar por mais tempo vai melhorar o resultado, mas provavelmente não reduzirá o gelo a neve tão facilmente, já que nesse ponto muito do gelo está aderido às paredes. Um ponto positivo é o fato da lâmina não ter sofrido nenhum tipo de dano pela espessura grossa que possui. Liquidificadores com espessura de lâmina fina perdem o fio ao picar gelo e similares, mas o Experience deve suportar muitos ciclos de alimentos congelados sem perder a capacidade de corte por isso.

Ruído

Ao lidar com ruído o Electrolux Experience sai na média, com alguns modelos sendo mais e menos ruidosos que ele. Na velocidade máxima atinge por volta de 83 dBA, amplitude próxima do KitchenAid K400 que avaliamos. A intensidade cai para 79 dBA na velocidade mínima, perto do Philips Walita RI 2244 da Série 5000 .

Gráfico de amplitude sonora do Liquidificador Electrolux Experience

segurança

Além do cheiro de queimado durante o teste de bolo, o som que o liquidificador fazia ao bater a massa pedia cautela. Realmente não é a função desta categoria. O motor deste liquidificador Electrolux esquentou bastante, e não é para menos, porém não foram observadas mudanças externas.

O corpo baixou em temperatura habitual, e mesmo a mistura na jarra não esqueceu de forma alguma. Pode não parecer ter mudado, mas muitos liquidificadores ao molho ligado por muito tempo ou forçados esquentam consideravelmente o alimento. Esse comportamento pode ser observado em alguns modelos Osterizer; no último que testamos, o Osterizer Max esquentou a massa de bolo a 50°C, o aumento de temperatura é evidente e afeta ainda mais as lâminas.

A base do Experience é bem estável. São 4 ventosas que aderem bem em superfícies lisas como vidro, metal e até fórmicas. Mesas mais rugosas não conseguem tanta aderência, mas a base larga deve impedir acidentes mais simples. Vibração não acontece com intensidade.

Base do Liquidificador Electrolux Experience

Na parte traseira há uma folga generosa de onde sai o cabo de alimentação, são 105 centímetros, que fica um pouco acima da média, mas não traz a mesma liberdade que outro modelo da Electrolux, o Expressionist BLP50 tinha seus quase 1,3 metro de comprimento. O corpo é metálico, mas o plugue não conta com o pino de aterramento. A falta não deixa muito a desejar, medindo a tensão de fuga não registramos nada além de 10V. Provavelmente o exterior metálico é apenas uma saia, revestindo a estrutura plástica interior.

Experiência Cabo do Liquidificador Electrolux

Fazer o encaixe da jarra é relativamente fácil graças às marcações na base das lâminas e na peça plástica de encaixe. Trava em apenas uma posição, com a alça para a direita, mas é perceptível quando foi preso e liberado é tão simples quanto. Este Electrolux identifica quando a jarra foi presa, e não permite o acionamento do produto enquanto sem jarra. A conexão é feita por borracha rígida em um dos lados, verificada a chance de quebra possível.

 Liquidificador Electrolux Experience

Tanto a vedação de cima da jarra quanto por baixo é boa. Fique de olho mais no caso do alimento chegar próximo das extremidades da tampa dosadora, ali ainda há uma sobra.

limpeza

Não deve haver dificuldades sérias na hora de limpar as lâminas do produto. Além de desmontar nas 3 partes citadas acima, a falta de pontas e serras diminui bastante a chance de cortes. A questão maior é a proximidade delas do eixo, que complica a limpeza diretamente abaixo das lâminas, pulsar o produto com água e detergente auxilia nessas horas.

Não é realista esperar que o bloco das lâminas fique liso. O atrito constante com alimentos vai ofuscar e criar sulcos pequeninos no material plástico. O inox do corpo suporta melhor os riscados, mas use apenas pano molhado por conta das peças plásticas.

Alguns pontos de acúmulo vão surgir principalmente no encontro da peça da base com o inox. O vão virado para cima vai armazenar grãos e farinha com facilidade. Em torno do botão e sua moldura também vai acontecer, porém em menor quantidade. Infelizmente não é possível retirar o botão para limpeza por trás.

O espaço de conexão entre jarra e corpo tem poucos vincos, e um respiro generosamente largo (em comparação com outros). Com a jarra em vidro, a limpeza é bem fácil: o material não fica oleoso ou risca com facilidade. Há lombadas internas, mas nem de longe tão íngremes ou frágeis quanto algumas em jarras plásticas. A alça maciça também impede o acúmulo de alimentos por debaixo das decorações que modelos plásticos podem incluir.

Para a limpeza da tampa, vale sempre separar o anel de silicone (como na lâmina). O único espaço minimamente preocupante são placas que surgem em volta do orifício da tampa dosadora, mas o acesso não é difícil. Tanto a tampa comum quanto a dosadora estão sujeitas a arranhões pelo lado abrasivo da esponja.

Conclusão

Apesar da unidade ter limitada ao triturar gelo e no preparo de bolos, são características que podem não afetar tanto o consumidor dependendo do uso. O resultado em sucos pode não agradar tanto, mas há pontos positivos como vedação, corte a seco e limpeza. O corpo em inox e a jarra de vidro podem atrair consumidores, mas vale cada um avaliar suas necessidades e que espera do Electrolux Experience.

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