Avaliação

Cozinha Eletroportáteis Batedeiras

Desempenho

10.0

Conforto Sonoro

10.0

Praticidade

8.1

Design e Acabamento

9.8

Limpeza

9.8

Segurança

8.0

Robustez Aparente

9.9

Outros Pontos

8.5

Nota Geral

9.7

Custo-Benefício

1

Pontos fortes

  • Ótima performance
  • Conjunto robusto
  • Ruído baixo

Pontos fracos

  • Peso elevado dificulta guardar
  • Mecanismo de alavanca menos prático que inclinação de cabeça
  • Encaixe da tigela poderia ser mais prático
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Avaliação da Batedeira Planetária KitchenAid Bowl-Lift 6,6L KEC66 | Harpyja

Já faz anos que a KitchenAid Artisan assumiu a primeira posição no ranking de batedeiras planetárias da Harpyja. Até mesmo ótimas batedeiras avaliadas depois dela ainda não conseguiram tomar esse espaço. A avaliação de hoje é de outra KitchenAid, um modelo maior, com um conceito diferente no encaixe da tigela e no ajuste dos batedores.


A KichenAid Bowl-Lift movimenta somente a tigela para liberar o acesso à tigela e para trocar os batedores. A Artisan tradicional, assim como a maioria das batedeiras planetárias já testadas aqui, libera o acesso aos batedores inclinando a cabeça do produto, deixando a tigela fixa na base.


Design e Acabamento

Olhando somente o topo da Bowl-Lift, até parece a Artisan tradicional, com as mesmas curvas e local para encaixe dos acessórios. A clássica fita metálica ao redor da cabeça também segue o mesmo padrão. As diferenças aqui estão nos detalhes. A KitchenAid investiu mais no seletor de velocidades e na área de encaixe de acessórios. Enquanto na Artisan há uma mistura de metal com plástico, nesta Bowl-Lift é inteiro metálico. E o acabamento é impecável, com peças foscas que são raras de se ver em metal, pelo custo de fabricação para alcançar esse nível de estética com o material. Para muitos pode ser que passe despercebido, mas saibam que é uma diferença considerável de qualidade.



Este modelo é pintado no vermelho clássico da KitchenAid (Empire Red), uma cor que tem em basicamente todos os modelos da marca. Por sinal a Bowl Lift por enquanto só se encontra nesta cor no Brasil. A pintura é lustrosa de alta qualidade, similar a uma pintura automotiva.

Fora a cabeça há mais 4 peças na unidade: a alavanca para ajuste da tigela, o pescoço, a estrutura para segurar a tigela e a base em si. O encaixe das peças fixas é ótimo, e pela curva nos encontros nem parecem serem peças diferentes.

A área que destoa um pouco é a guia no pescoço, por onde desliza a estrutura móvel para baixar e subir a tigela. Nessa área não há tinta, pois o movimento causa atrito entre as peças metálicas. Apesar de não achar ideal, não vejo como poderia ser diferente. É um metal que não enferruja, então provavelmente não haverá mudança significativa na peça com o tempo.

A manivela para movimentar o cesto é inteira metálica, sendo a haste em aço inoxidável e a empunhadura no mesmo metal usado no seletor. Esteticamente tudo segue a mesma linguagem, visualmente agradável. 

A base é larga com várias curvas. É uma peça somente para dar estabilidade para o conjunto, pois mesmo quando a tigela está abaixada elas não chegam a se encostar.

A tigela é toda em aço inoxidável escovado, por dentro e por fora. A alça tem uma boa empunhadura na vertical, larga e ergonômica. Em lados opostos possui uma chapa em L furada para travar o cesto no corpo da unidade.


Há também um ressalto em um ponto da tigela para realizar o travamento em um encaixe no corpo. Sendo assim a tigela é fixada com 3 pontos de apoio. 


A tigela em si é bem grande, até a boca cabem 6,8 litros. No centro há um leve abaulado típico de fundo de planetárias. É de alta qualidade e devido a sua parede espessa é uma peça pesada, vazia pesa quase 1,2 quilos.

Batedores

A KitchenAid Bowl-Lift KEC66 vem com 4 batedores: um gancho, um fouet e duas raquetes


O gancho e as raquetes são feitos de aço esmaltado. Uma das raquetes possui espátulas de silicone ao redor do batedor para varrer as paredes. O acabamento das peças é ótimo.

O destaque vai para o fouet. A peça é inteira em aço inoxidável, incluíndo a área de encaixe dos arames. Por sinal, enquanto na Artisan o batedor tem 6 arames, nesta Bowl Lift são 11! A peça além de visualmente atraente é um conjunto robusto para aerar massas.

Aparador

O aparador segue o mesmo padrão das novas KitchenAid Artisan, com as borrachas para encaixe na tigela, mas aqui é uma peça maior. Colocando lado a lado parece mesmo somente uma versão maior da Artisan. A peça tem um bom acabamento e uma ótima flexibilidade. Pela torção que faz com naturalidade parece ser de tritan, um plástico praticamente inquebrável. 

Usabilidade

Com unidade inteira em metal, somente o corpo chega a pesar mais de 10 quilos! Com os acessórios ela passa de 12kg. É um produto para ficar em uma bancada sem tirar dali. De largura possui 28,5 centímetros e de profundidade, incluindo a tigela, tem 37 centímetros. Como é a tigela que se move, não a cabeça, o produto não muda de altura. Com isso pode ficar abaixo de um armário suspenso sem precisar ser movido quando usando. Sua altura máxima sempre será 42 centímetros.

Todas as planetárias da KitchenAid com volume acima da Artisan possuem esse mecanismo de deslocamento vertical. É uma diferença grande do sistema de inclinação da cabeça e imagino que para muitos a transição possa incomodar. Apesar de haver vantagens movendo a tigela na vertical e ser agradável de manipular, é menos prático.

Movimentando a alavanca 180° é possível deslocar a tigela 5 centímetros na vertical. Quando acoplada está a 3,5 centímetros da cabeça, e quando abaixada fica com 8,5 cm de distância. O espaço é suficiente para manipular os ingredientes dentro da tigela, e facilita para remover os batedores.

Quando lidando com massas pesadas ou com muitos ingredientes na tigela, o peso da manivela aumenta consideravelmente. Vai exigir um esforço. Por sinal, neste produto há várias outras situações que exigem um pouco mais de força nas tarefas com o conjunto. Seja travar a tigela vazia no corpo, encaixar o aparador ou mesmo manipular a tigela depois de bater a massa. Tudo é um pouco mais bruto. O bom é que a unidade é robusta, é feita para suportar os esforços.

O encaixe da tigela tem um pequeno aprendizado. É necessário trazer a peça em ângulo para assentar os pinos laterais. Depois disso é necessário colocar força na parte traseira da tigela para que trave no corpo. Não é complicado, mas nas primeiras vezes até parece que vai quebrar algo.

O encaixe dos batedores é prático. Não há mola que faça forçe contra as peças, e nem precisa. Os batedores entram justos e ficam muito bem presos, sem nenhum jogo. O processo de encaixe dos batedores precisa ser feito depois da tigela estar presa no corpo da batedeira. E quando não for utilizar, todos os batedores cabem dentro da tigela. Não é possível utilizar os batedores da Artisan na Bowl-Lift, parte pelo encaixe mas também pela profundidade maior da tigela.

O aparador deve ser colocado depois de montar os batedores. Em grande parte das situações é possível montar ele com a tigela abaixada, mas pode bater na cabeça do produto se colocar o alimentador virado para um dos lados da batedeira. É necessário forçar as borrachas para baixo para travar, e ainda assim é meio chatinho. Para aqueles acostumados com aparadores que quebram quando caem, encaixar esse dá até medo de quebrar. A vantagem aqui é que não precisa se preocupar, pois não parece ser possível quebrá-lo nesse processo de encaixe.

A tampa para acessórios, na frente da cabeça é compatível com todos os acessórios que vão na KitchenAid tradicional. É o mesmo encaixe.

O seletor de velocidade fica na mesma posição da Artisan. Fica no lado oposto da alavanca para baixar e levantar a tigela, então independente de onde colocar em uma bancada, será necessário ter acesso aos dois lados da batedeira.

Desempenho

O controle de velocidades desta KitchenAid é mais segmentado que o da Artisan. São 11 velocidades bem evidentes, sendo a primeira considerada ½ velocidade. É impressionante o quão lento é a meia velocidade. Chega a ser menos de 50RPM. A distribuição das velocidades é linear! Algo que sempre esperamos das batedeiras, mas um caso raro de se ver. 


A velocidade máxima fica abaixo de 500 rotações por minuto o que pode parecer pouco, mas vale lembrar aqui que o raio de cobertura dela é muito maior que as batedeiras comuns (por conta da circunferência da tigela). Consequentemente, a velocidade linear é alta, não teria porque ser maior.

Isso se prova quando batendo claras. Quando preparando suspiros com 3 ovos foi preciso somente 1:30min para fazer claras em neve e mais 1 minuto para concluir o suspiro. Foi uma entrega de qualidade em um tempo muito rápido.

Fizemos também o teste com duas claras e nos surpreendeu que a Bowl Lift conseguiu entregar. Não foi tão rápida, levando perto de 3 minutos para fazer as claras em neve e mais um minuto e meio para entregar o suspiro. Assim mesmo, teve um resultado positivo, levando em consideração que estamos preparando uma receita pequena em uma tigela com mais de 6 litros de volume! 


É importante estar com os batedores bem ajustados para se ter esses resultados, pois um pouco de distância do fouet do fundo já impossibilita. Essa KitchenAid tem um parafuso no corpo que permite ajustar a altura da tigela em relação aos batedores. Do mínimo para o máximo há por volta de 2,6 milímetros.

No preparo de bolos a velocidade de entrega também chamou a atenção. Partindo em meia velocidade não levantou nada de farinha. Após misturar o líquido com o pó, em média velocidade tudo já estava misturado com menos de um minuto. Nem se recomendaria colocar em velocidade máxima aqui pelo grau de agressividade que é. 

A espátula com silicone raspa com precisão as paredes e nenhum esforço manual é preciso para misturar massas médias.

Quando batendo massas pesadas o movimento é suave, parece que não há esforço nenhum sendo feito pela batedeira. O conjunto é extremamente estável. O produto bateu pães pequenos e grandes com facilidade.

No teste de limite de massa estávamos esperando mais. Foi possível bater 2,2 quilos de massa de pão, porém assim que chegando perto de 2 quilos já é um processo lento para ir aumentando a dose. O problema aqui nem é o motor, que trabalha um pouco quente mas não é um impeditivo. O que limitou foi o batedor em si. Enquanto na Artisan há um gancho com um aparador de massa gigante, aqui não há aparador algum. Na sova há momentos que a massa sobe e aqui consideramos o limite quando a massa está praticamente entrando no encaixe do eixo. Ou seja, o limite dela acabou ficando pouco acima da KitchenAid Artisan.

Nesses testes o corpo da batedeira chegou a bater mais de 60°C. Apesar de uma unidade grande o motor dela é somente um pouco mais forte que a Artisan, declarada com 350W. Estranho da unidade não ter respiro. A cabeça toda é fechada, com exceção da área onde fica o seletor de velocidade. Assim mesmo é uma fresta pequena para auxiliar o resfriamento do motor. 

Na questão de ruído, a unidade se saiu muito bem. Na velocidade mínima foi a batedeira menos barulhenta que já testamos. E olha que a distância é grande para o segundo colocado. Na velocidade máxima ficou equivalente as menos ruidosas, mas ainda sim, levemente abaixo. 


Algo interessante é que essa kitchenAid possui um consumo em Standby, e não é pouco. Ficando na tomada o produto consome em torno de 1W. Sendo assim, se não está usando o produto, vale desligar da tomada. 

Limpeza

A limpeza do corpo é fácil. Basta um pano úmido para tirar as marcas dessa tinta lustrosa. Ficam marcas de dedos gordurosos, mas não é algo que fica muito evidente. A qualidade da tinta é robusta, difícil de riscar. Assim mesmo vale evitar panos ou esponjas abrasivas.

O encontro entre a cabeça e o pescoço assim como do pescoço com a base não deixam margem para acúmulo de sujeira. Agora a guia por onde corre o sistema para erguer a tigela sim, tem uma boa fresta inacessível. Pelo que parece como é uma peça móvel e fica na vertical, não parece ser algo que irá acumular com o tempo. Será algo que somente o tempo dirá. Até o momento não vimos sinal de acúmulo. 

O único ponto na pintura que parece que irá danificar com o tempo é a área onde a tigela se assenta. Ali toda a vez que é feito o encaixe há um atrito do inox com a tinta. Seria interessante se esses pinos de inox viessem com uma arruela ao redor. Imagino que isso pouparia essa área de danos. Nos testes aqui essa área já está com riscos na tinta.

Há uma pequena fresta na área de movimento planetário, mas ali é comum em todas as batedeiras e o vão desta Bowl Lift não é algo de destaque.

A limpeza dos batedores também é simples. O esmalte nas peças facilita a remoção de sujeira. Vale cuidar para não derrubar essas peças, pois é uma tinta que lasca. O Fouet é a peça mais chata de limpar, pois tem muitos arames e é de difícil acesso entre as hastes. A vantagem é que a peça pode tranquilamente ir na lava louças.

Segurança

Devido ao peso da unidade, que passa dos 10 quilos mesmo sem tigela, é um produto que assim que está sobre a bancada é difícil de sair do lugar. Há 5 pés de borracha que ainda evitam da unidade deslizar à toa. É necessário mais de 2,5 quilos de força lateral para conseguir tombar ela.


O cabo de alimentação sai por trás e tem perto de 1,1 metros. Não agradou muito a posição, pois fica em um ponto prático para manusear a batedeira. Há um pequeno alívio, mas poderia ser maior.

Não há detecção quando a tigela está abaixada. A unidade continua funcionando normalmente. Porém, há um sistema de detecção da posição do seletor quando ligando o produto na tomada. Caso esteja em alguma velocidade, fora da posição “zero” o motor não irá ligar.

No geral, como é uma batedeira que exige força em muitas ações, vale cuidar. Mesmo não tendo cantos vivos tudo que envolve força com peças metálicas vale uma atenção extra.

Robustez Aparente

A KitchenAid ganha seu destaque pela entrega, mas também é um produto cobiçado pela sua robustez. Todo o conjunto de engrenagens é de metal, em um arranjo diferente da Artisan.


O corpo sendo inteiro de metal também garante uma casca mais robusta para a unidade. Os batedores são robustos, porém as peças esmaltadas são mais delicadas. Quedas podem lascar a pintura e com isso degradar mais rápido com o tempo.

Algo interessante é a taxa de aceleração desta unidade quando mudando de velocidade. Diferente da Artisan que acelera bruscamente até a velocidade selecionada, a Bowl Lift tem uma aceleração suave, similar a algumas batedeiras de controle eletrônico no mercado. Isso poupa um pouco o esforço nas engrenagens do motor nessas transições.

O fato dela também não ligar o motor se estiver com uma velocidade selecionada e for ligada na tomada também é um preventivo de danos.

Em compensação, aqui temos uma placa eletrônica mais complexa que na Artisan. A princípio isso não é um indicativo de perda de robustez, mas imagino que se estragar terá um custo mais elevado de conserto, se o problema for na placa.

A KitchenAid Bowl Lift tem um ano de garantia de fábrica desde a data de compra. Para um produto deste padrão esperava-se uma garantia mais longa. Ou pelo menos uma garantia extendida caso o produto fosse registrado.

Conclusão

A KitchenAid Bowl Lift é atraente e ao mesmo tempo transmite uma imagem de robustez. Para aqueles acostumados a erguer os batedores inclinando a cabeça, vale refletir se irá se acostumar com esse mecanismo. O desempenho foi ótimo e o ruído baixo impressionou. Somente esperava-se que batesse mais massa pesada e que tivesse uma garantia maior do que um ano. Para os fãs da marca até essa parte mais bruta de encaixes e manivelas pode ser um atrativo a mais. 


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