4 atitudes para ser mais sustentável em 2019.

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4 atitudes para ser mais sustentável em 2019.

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4 atitudes para ser mais sustentável em 2019.

Final de dezembro é sempre aquela época do ano que a gente se põe a pensar sobre as escolhas do ano que passou. Época de avaliar os impactos de nossas atitudes sobre a vida dos outros, e também sobre o planeta.


Pensar nossa relação com a natureza é uma necessidade cada vez mais latente em tempos tão frenéticos. A correria de nossos dias pode nos distanciar do elo com a natureza, visto que a modernidade simplifica muitos processos cotidianos, que acabam por nos afastar de um pensamento crítico de nossas atitudes.


Fizemos uma seleção de 4 atitudes para ser mais sustentável em 2019, para você começar o ano repensando o modo com que interage com o planeta. Confira:


Coma alimentos orgânicos e locais.


Comer alimentos orgânicos e locais é endossar um comprometimento com a sustentabilidade. Os alimentos locais não precisam ser transportados por longas distâncias, observado assim a emissão de CO2.


Economicamente, uma agroindústria familiar agrega valor aos produtos e gera renda, podendo tornar-se, em muitos casos, a principal fonte de renda de propriedades rurais. Além disso, uma agroindústria familiar cria oportunidades de trabalho, garantindo a melhoria das condições de vida do meio rural e garantindo o desenvolvimento econômico da região.


O conceito de agroecologia pode ser entendido como a remediação inadiável ao agravamento das condições ambientais, sociais e políticas causadas pela forma de desenvolvimento econômico vigente. A proposta da agroecologia é uma revisão dos métodos convencionais de manejo da terra em grande escala.


A proposta da agroecologia faz contraposição a produção centrada na monocultura, na dependência de insumos químicos e na alta mecanização da agricultura, além da concentração da propriedade de terras produtivas, a exploração do trabalhador rural e o consumo não local da produção.


Faça compostagem dos seus resíduos orgânicos.

Como você destina o resíduo orgânico de sua residência? Descartá-lo junto ao lixo comum é uma realidade de muitos brasileiros, e essa é uma atitude um pouco preocupante, visto que os resíduos ficaram com aproximadamente 52% do volume total dos resíduos orgânicos.

Já pensou em realizar a compostagem de seu resíduo orgânico e destiná-lo para a adubagem de plantas?

Se você não tem plantas em casa, essa pode ser uma oportunidade para você se animar em manter alguns vasinhos de temperos, mesmo que mais em apartamento. Inclusive o fato de você cultivar algumas plantas em casa, é considerada uma atitude sustentável.

O processo de matéria orgânica presente em restos de alimentação forma um composto rico em substâncias húmicas e nutrientes altamente recomendados para adubagem de plantas.

Você pode adquirir uma composteira de material reciclado, feito de caixas de leite longa vida, no link aqui em baixo. Cada caixa da composteira é produzida com base no processo de reciclagem de 1.200 caixas longa vida. É uma atitude duplamente sustentável.



Os resíduos orgânicos são adicionados na caixa digestora de cima, e são cobertos com serragem. Quando a caixa de cima estiver cheia, você a muda de posição com a caixa do meio e continua completando com resíduos orgânicos, enquanto as minhocas transformam os resíduos da caixa em húmus.


Sim, minhocas. As californianas são as mais indicadas para o processo, por serem mais eficientes e resistentes. Você pode pedir minhocas para alguém que já pratica a compostagem, visto que elas se reproduzem bastante, ou adquiri-las em floriculturas ou casas especializadas em jardinagem.


Aqui em baixo, uma lista com os itens que você pode compostar, segundo o fabricante do produto.


polpa de frutas

sobras de comida

peixes

carnes e ossos

insetos mortos

Resto de ração para animais

Pelos de animais

Frutas e legumes congelados

tofu

algas e nori 

Leite e derivados

farinhas

massa crua 

Doces, bolos e barras de cereais

Geleias e Goiabada

cereais matinais

Frutas, legumes e verduras

Cascas de ovos

aveia

casca de amendoim

Casca de nozes e nozes

Alho e Cebola

Ervas e especiarias

grãos de milho

grãos de soja

Biscoitos

migalhas de pão

cerveja e vinho 

Batata frita e salgadinhos

bagaço de cana

Sementes de girassol, gergelim e abóbora

Borra de café

folhas de chá

Sementes de frutas e legumes

comida para peixes

Comida Cozida

penas naturais

grama cortada

restos de plantas

flores

Plantas normais ou secas

Restos de arranjos florais

Plantas de aquários

pedaços de madeira

Cascas de frutas ou árvores

Folhas verdes ou secas

Raízes e capim seco

Palhas

papel colorido

Aparas de lápis

Giz de cera

Serragem

Cinzas de fogueira ou lareira

Fósforos

Espetos de madeira

Espetos de bambu

Palitos de dente

hashi 

sachês de chá

Rolhas de vinho

papel toalha

jornal velho

remédios

filtros de café

Rolos de papel higiênico e de papel toalha

cartões 

Guardanapos

Pratos e sacolas de papel

Embalagens de papelão 

Caixas de ovos de papelão

Velas

Algodão

Lenços de papel

Poeira de limpeza doméstica

Unhas cortadas

cabelo

Sujeira do aspirador de pó


Pratique a economia circular

A economia circular é um modelo de processamento que se propõe a reaproveitar componentes elétricos e outras estruturas de eletroeletrônicos. Como esses produtos não são biodegradáveis, a proposta da economia circular é a de que as peças podem ser reaproveitadas e transformadas em outros produtos.


É um processo muito importante para promover a dissociação entre o crescimento econômico e o aumento no consumo de recursos. Uma alternativa em relação ao modelo de economia linear, já que seu objetivo é manter produtos, componentes e materiais em seu mais alto nível de utilidade e valor.


Existem muitas empresas que já se encarregam de fazer o recolhimento e manufatura reversa de equipamentos eletrônicos. Basta uma pesquisa no Google com o nome da sua cidade + manufatura reversa, para saber quais são as empresas responsáveis ??pelo serviço.

Aqui em baixo você pode conferir um vídeo muito bem produzido que explica certinho como funciona a economia circular e quais são seus impactos ambientais.


Então você já sabe, na hora de descartar seus aparelhos eletrônicos, entre em contato com uma empresa que fará com que seus componentes e materiais tenham uma sobrevida e ajudem o planeta.



A economia circular também é um termo utilizado para designar o consumo de produtos feitos e/ou vendidos por outras pessoas, e não empresas. Aquisição de roupas de brechó, de produtos feitos artesanalmente, de livros que já tiveram outros donos ou qualquer atitude que incentiva o repasse de produtos para que eles tenham uma vida útil maior e alcancem mais pessoas.

coma menos carne

- Você sabe o que é pegada hídrica?


Trata-se da quantidade de água para a produção de um determinado produto. A média global para a produção de 1kg de carne no mundo é de em média 15,5 mil litros de água.


O número alarmante divulgado pela EMBRAPA leva em consideração a quantidade de água usada na produção dos alimentos que os bois comem, da água que eles bebem, até mesmo da água utilizada na limpeza dos currais onde ficam.


Não podemos tapar os olhos para a realidade e os impactos que nossas escolhas alimentares têm no mundo. A maneira que a gente põe na mesa impacta o meio ambiente, de às vezes tão negativa, que vem se tornando irreversível.


Segundo a ONU, 80% do desmatamento causado em nosso país na última década é resultado da conversão de mata em pastoreio. E o impacto da produção de carne avança sem medidas governamentais instauradas.


Por que então não concretizar mudanças começando por você? A diminuição no consumo de carne é uma realidade de muitos países apresentados, como é o caso da Holanda, que pretende se tornar o primeiro país vegano do mundo até 2030.


Um relatório de 98 páginas foi apresentado pelo Conselho do Meio Ambiente e Infraestrutura para que os cidadãos da Holanda possam escolher uma dieta sustentável e que também faça bem a saúde.


Você pode se surpreender com os efeitos positivos, inclusive para a saúde, de uma alimentação com menos carne. É uma atitude pessoal, que pode parecer pequena, mas que reverbera positivamente para o planeta.




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Sobre o autor

Frederico Paranhos é formado em gastronomia e publicidade e propaganda, atuou por 5 anos como chef de cozinha e consultor gastronômico. Hoje é redator e desenvolve conteúdo para a internet. Apaixonado pelo movimento slow food que empodera o produtor e enaltece os ingredientes, acredita que pode mudar o mundo pela gastronomia.

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