Avaliação do Liquidificador Oster Power OLIQ520 | Harpyja

Avaliação

Cozinha Eletroportáteis Liquidificadores

Desempenho e Funções

6.5

Conforto Sonoro

7.3

Design e Acabamento

7.4

Praticidade

8.5

Limpeza

7.9

Segurança

6.2

Outros Pontos

5.6

Nota Geral

7.2

Custo-Benefício

1

Pontos fortes

  • Jarra de vidro
  • Boa variação de velocidade
  • Facilidade de limpeza

Pontos fracos

  • Indicação de velocidade pouco visível
  • Possibilidade de ligar as lâminas sem jarra
  • Produz ruído grave nas velocidades baixas
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Avaliação do Liquidificador Oster Power OLIQ520 | Harpyja

Do último ano para cá a Oster parece interessada em atender pedidos por liquidificadores de jarra grande. Vimos o lançamento da versão Max da clássica linha Osterizer, e esses modelos Power intermediários que se aproximam do Oster Super Chef (modelo com jarra de vidro e custo mais baixo). Dentro desse conjunto Power encontramos o OLIQ501, e sua versão de maior capacidade e potência declarada: o OLIQ520, avaliado aqui.


Design

O liquidificador Power Oster OLIQ520 possui um design simples, predominantemente preto com um único detalhe em aço inox abaixo do seletor. O corpo plástico de formato quadrado é separado em duas partes: os pés e o restante do corpo. Não há muitos detalhes escritos, apenas a logomarca da Oster acima do seletor, os números das velocidades e uma indicação de potência impressa diretamente no inox.

Algo que se nota nos primeiros usos é a falta de uma indicação clara de velocidade. O seletor contém apenas um pequeno friso sem qualquer mudança de coloração ou detalhe óbvio para contraste. Mesmo com o bom alinhamento entre a impressão e o friso, é difícil saber a velocidade selecionada com uma olhada rápida, e a partir da opção 7 a indicação fica praticamente invisível.

Jarra

A jarra é feita totalmente de vidro com 6mm de espessura. O corpo e boca são circulares, e a base pode ser removida ao desrosquear. Há diferenças para o OLIQ501, tanto no design com a base mais larga quanto na capacidade interna.

A Oster anuncia 2,2 litros de volume total; registramos 2,3 litros até a boca, apesar de não poder usar todo este volume de uma vez. Observamos indícios de vazamentos com quantidades acima de 1750 mL, levemente abaixo dos 1800 mL úteis anunciados para o OLIQ520.

O crescimento da capacidade da jarra desse modelo em relação a outros da Oster (tradicionalmente em torno de 1,45 litros até a boca), implica num aumento de peso. Na comparação com modelos de vidro tradicionais da marca, observávamos pesos em torno de 1400 gramas enquanto que esse modelo atinge 1920 gramas. A diferença é considerável, mas praticamente inevitável para acompanhar o aumento no volume total.

Dois pontos relacionados à jarra não agradaram muito. O primeiro são as marcações de volume em sua lateral, que apresentam um erro constante próximo de 50 mL independente da medida. O segundo está relacionado ao bico, em momentos que a jarra está cheia o líquido escorre por ele e molha a jarra ao invés de ser entornado no copo. Não são situações ideais, e podem atrapalhar se costuma despejar líquidos diretamente da jarra.

Se por um lado ao entornar o bico pode derramar, a vedação da tampa faz um bom trabalho em manter líquidos no interior. Um anel de borracha impede vazamentos pelo topo, e há um espaço no centro para a tampa dosadora em acrílico transparente. Em alguns momentos é mais difícil retirar a tampa principal por conta do anel de borracha, mas nada além do esperado ou que peça muita força. A tampa dosadora não possui medidas.

Um aspecto que difere de outros modelos Oster é o encaixe das lâminas. Em muitos de seus modelos a compatibilidade de jarrras é garantida pelo encaixe único, chamado (com certo orgulho pela marca) de "All-Metal Drive". No Oster Power o encaixe surpreendetemente não aparece, é optado por um conjunto de dentes plásticos comuns a outros liquidificadores. Mesmo que o modelo não pertença à linha Osterizer, outros liquidificadores com propostas e custos associados diferentes (como o Super Chef e Xpert Series) preservaram essa intercambialidade de peças.

Desempenho

Das 10 velocidades apresentadas pelo OLIQ520, 8 possuem uma diferença significativa entre si. A variação de 38% entre a mínima e a máxima fica próxima da observada em outros modelos com grande número de velocidades como o Mondial L-1200 e o Britânia B1000; o perfil geral se aproxima bastante do Walita Ri2242.

Por conta da jarra grande, não esperávamos um resultado muito positivo para o corte de grãos. O que observamos, porém, foi uma grata surpresa. O perfil de corte se assimilou ao Philips Walita Ri2244. Produzindo durante o teste uma quantidade adequada de farinha mas mantendo uma porcentagem presente de grãos não moídos. Um ponto negativo no processo foi a compactação de farinha na parte de baixo do copo, bem em baixo da lâmina.

O corte líquido apresentou variação. As frutas foram bem cortadas, mas deixaram também um número considerável de pedaços em tamanho grande. Pode-se dizer que o resultado foi levemente abaixo da média. Se espera um corte mais fino e homogêneo, será necessário bater por mais tempo.

Essa necessidade surgiu novamente no preparo de bolo. Após 1 minuto a massa com cenoura estava fibrosa, apesar de não apresentar pedaços. Dando mais tempo para bater os ingredientes iniciais, alcançou-se o resultado esperado. Após adicionar os ingredientes secos como açúcar e farinha, o liquidificador da Oster começou a produzir um barulho mais grave e preocupante para quem o ouvia. Durante este período o motor estava trabalhando como esperado, e em nenhum momento do processo esquentou ou desligou. Já vimos outras situações em que o motor de algum liquidificador estava em momentos de estresse e produziu certo alarde sonoro, mas aqui não era o caso. O liquidificador seguiu funcionando normalmente e desconsiderando o ruído estranho, não apresentou sinais de estresse.

Realizamos o teste que resulta em pasta de amendoim para melhor compreender o comportamento do motor sobre certo estresse. Entretanto nessa situação o motor performou normalmente, sem nenhum som preocupante. Apesar disso, o OLIQ520 não é recomendado para alimentos desse tipo pela sua entrega. Foram necessários quase 12 minutos e inúmeras pausas para mexer com a espátula. Os amendoins demoraram muito tempo para ficarem pastosos e mesmo assim no final do teste havia muita farinha e pedaços do legume misturado à pasta. Pelo menos parte do motivo pode ser atribuído aos golpes verticais dados pelo liquidificador, que afastam os amendoins das lâminas e dificultam a trituração propriamente dita. Se for tentar reproduzir em casa, se limite às velocidades mais baixas ou opte por um processador.

O liquidificador se saiu muito bem triturando gelo. Com cerca de 7 pulsadas os cubos de gelo não deixaram pedaço algum. O resultado final não foi neve, ficou mais parecido com pedaços finos e homogêneos de granizo. Também não registramos dano às lâminas durante o processo.

Ruído

A primeira e a última velocidade apresentam uma diferença notável de ruído, de 76 a 85 dBA a variação é facilmente audível. A característica do ruído desse modelo da Oster é ser mais grave, especialmente nas velocidades menores onde o som pode assustar apesar do liquidificador estar funcionando normalmente. Nas velocidas médias e altas o ruído não aparece com tanta frequência.

Segurança

A jarra se encaixa no corpo em 3 posições diferentes, a cada 120°. Um ponto fraco é que somente o bloco de lâminas se trava no corpo, com a jarra sendo totalmente opcional no processo. Assim é possível conectar somente a lâmina no encaixe e ligar o liquidificador. Claro que não há utilidade real para isso, sendo um erro de segurança. Curiosamente o mesmo acontecia com modelos mais antigos da linha Osterizer, porém o mecanismo foi alterado para não permitir o que ocorre aqui.

A base do produto conta com 4 pequenos pés emborrachados, mas ainda é comum vê-lo vibrar e (se a superfície não for bem estável) até deslizar alguns milímetros durante o tempo ligado. O cabo de alimentação surge na parte traseira com apenas 78 cm de comprimento. A extensão do cabo poderia ser maior e compreenderia se sacrificassem parte do comprimento para permitir um porta fio na unidade, mas isso também não acontece.

As lâminas ficam bem próximas do bloco e assim a limpeza em alguns momentos fica complicada. Ao realizar o teste com pastas, uma quantidade considerável do alimento ficou impregnada na região de difícil acesso mesmo com escovas. Ao menos não são das mais perigosas: não há partes serrilhadas ou pontudas, mas há pares com gumes virados para baixo, e a falta de visão pode gerar erros.

Limpeza

O material do corpo risca com facilidade, assim como o detalhe em inox deixa marcas de digitais; para ambos um pano úmido deve resolver. Por outro lado, com a jarra sendo de vidro há certa facilidade na hora de lavar. Manter uma escova próxima é uma boa ideia não somente pelas lâminas, mas também pelo encaixe plástico na base da jarra.

Não esqueça de remover as borrachas de vedação para uma limpeza completa. O anel na tampa acumulou uma boa quantidade de farinha durante os testes, apesar de não parecer. A borracha é justa, mas pode ser retirada e recolocada com facilidade.

Conclusão

O liquidificador OLIQ520 não se destaca nas categorias principais e comete alguns erros no encaixe das lâminas e ruído desconfortante, por exemplo. Mesmo assim, não entregou resultados ruins em desempenho e pelo valor que é encontrado no mercado pode ser considerado ao buscar por um modelo com jarra de vidro grande.


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